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26 Setembro 2017 | Natalí Alencar

Quanta DGT apresenta solução de realidade virtual como novo modelo de negócios para entretenimento

Solução está em exposição no estande da empresa na Expocine

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(Foto: Portal Exibidor)

A Quanta DGT apresentou nesta terça (26) uma nova solução de realidade virtual para o mercado de entretenimento brasileiro, em parceria com a Samhoud Media. No encontro, a empresa mostrou a solução e os seus diferenciais para um seleto grupo que reuniu diretores, produtores, imprensa e exibidores (veja as fotos).

A Quanta DGT pertence ao grupo formado por diversas empresas (Estúdios Quanta, Quanta DGT, Quanta Post, Telem e Hollywood Store), além de ser a maior integradora de VPF no Brasil com mais de mil salas digitalizadas.

Já a Samhoud Media, que tem sede em Amsterdã (Holanda), levou a experiência de realidade virtual para diversas regiões, com instalações na Finlândia, Romênia e China. A pretensão é chegar a 40 cinemas no próximo ano. Rogier Gerritsen, do marketing e executivo de vendas, esteve presente representando a empresa.  

Durante a Expocine, que será realizada até 29 de setembro, a solução estará disponível no estande da Quanta.

 

A solução

Luiz Morau explicou que a solução pode ser aplicada não só ao cinema, mas principalmente ao segmento de entretenimento no geral, com possibilidades de instalações em qualquer local ou evento com grande circulação de pessoas como feiras, convenções, restaurantes, aeroportos e shoppings.

A média do ticket aplicado internacionalmente é de € 10,00 e os conteúdos ficam armazenados em uma biblioteca central que reúne mais de 50 títulos em que o usuário pode escolher assistir pequenos vídeos de sete minutos cada ou um mais longo de até 30 minutos. Há títulos de diversos gêneros e cada espectador escolhe o que quer ver, a sessão só começa quando todos escolhem o conteúdo.

Esses são os principais atrativos, tanto a biblioteca central, que só estará disponível nas salas, quanto a experiência de VR, diferenciada por estar fora de casa e ser algo coletivo.

“O conteúdo não é exclusivo, ele é um apanhado dentro do que se tem de melhor produzido no mundo”, comentou Morau. O conteúdo segue a narrativa de cinema, por ora não há conteúdos interativos ou games, mas a plataforma já estuda maneiras para implantá-los futuramente.

 

Fora da Caixa

Tieres Tavares ressaltou que a plataforma não se limita à sala convencional de cinema, e que instalações em outros locais e ações diferenciadas também são muito bem-vindas.

Segundo a Quanta a ideia é também apoiar a produção nacional em conteúdo de realidade virtual. A seleção contará com uma curadoria, mas há total interesse em ampliar a oferta de conteúdo nacional na plataforma.

No Brasil, já está previsto a abertura de cinco salas espalhadas pelas regiões sudeste, nordeste e sul do Brasil. Por questões contratuais e de negociação, nomes não foram revelados.

 

Como funciona

“A ideia é que a experiência comece para todos, sendo que cada um tenha um pacote diferenciado. O cliente entra na sala, visualiza os temas e faz sua escolha”, explica Tavares.

Já o operador do conteúdo tem acesso a todo o gerenciamento do que foi escolhido.

A logística funciona similar à divisão do ingresso que ocorre nas salas de cinema entre exibidor e distribuidor. O produtor do conteúdo fica com 25% e o exibidor com 50% do ingresso.

A solução pode ser ainda um atrativo maior se operar em conjunto com outras fontes de arrecadação diferenciadas como alimentação.

O preço estimado do ingresso para o Brasil está em torno dos R$ 20,00, mas “é preciso entender o que o público consome e como trabalhar para atender essa expectativa”, reforçou Tieres.

O investimento inicial consiste em equipamento e poltrona giratória e para uma sala com 50 lugares pode ficar em torno de R$ 260 mil. Estimativas apontam um retorno em até um ano.

Em um case recente, do lado do produtor, um conteúdo exibido em Amsterdã, por exemplo, durante duas semanas gerou € 1.000,00 em uma sala com 25 lugares durante duas semanas.

“O exibidor tem buscado inovação e conteúdo diferenciado, mas nada vai mudar se ele não fizer coisas que agregam nessa experiência”, comentou Morau.

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