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23 Maio 2016 | Janaina Pereira

Boa performance do Brasil em Cannes anima mercado

Países voltam a ficar de olho nas produções brasileiras

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Equipe de "Aquarius" em Cannes (Foto: Reuters)

O Brasil começou o Festival de Cannes sem Ministério da Cultura e terminou com ele sendo recriado. E a invasão verde amarela na Riviera Francesa foi total: além dos prêmios aos filmes Cinema Novo, de Eryk Rocha (melhor documentário), e A Moça que Dançou com o Diabo, de João Paulo Miranda Maria (menção honrosa em curta-metragem), a boa participação de Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, em Competição, animou o mercado, que volta a ficar de olho nas produções brasileiras.



Mesmo sem prêmios, o longa de Mendonça Filho gerou debate na Croisette e agradou bastante a crítica internacional. Para Jay Weissberg, da revista "Variety", “Sonia Braga é incomparável e Kleber Mendonça Filho é uma nova e importante voz do cinema brasileiro, um mestre no domínio dos sons”.

Mais uma vez, a equipe do Cinema do Brasil trabalhou no Marchè du Festival para divulgar as produções nacionais. Agentes de mercado puderam acompanhar sessões exclusivas de Califórnia, de Marina Person, e Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert, entre outras produções recentes do cinema nacional.

Jeffrey Shellman, representante de uma exibidora inglesa, comentou a forte presença brasileira em Cannes. “Se você for olhar o mercado em termos gerais, há pouca novidade. Mas o Brasil está no olho do furacão com seus problemas políticos, por isso chama a atenção a boa safra de filmes que vem do país, suas histórias que refletem a realidade dura que o povo está vivendo, e que muito interessa e instiga outros povos”, comentou.

Já o representante de uma exibidora italiana, Gianfranco Messina, acredita que a boa participação do Brasil em eventos como Cannes alavanca a venda de filmes latinos no exterior. “A Argentina tem um mercado forte, e o Chile também vem conquistando espaço. O Brasil já teve uma fase ótima no cinema, e está voltando a ter esse bom momento. Tem que aproveitar. Os exibidores brasileiros deveriam valorizar os filmes do país tanto quanto nós, estrangeiros, gostamos de tê-los em nossas salas”, finalizou.

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