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17 Fevereiro 2017 | Vanessa Vieira

Crescimento do parque exibidor brasileiro em cidades menores é destaque em 2016

Nordeste, Centro-Oeste e Sul registraram aumento significativo no circuito em municípios pequenos e médios

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(Foto: Shutterstock)

Em 2016, o mercado exibidor brasileiro abriu, ampliou ou reabriu 239 salas no País, chegando ao total de 3.168 telas segundo o Informe Preliminar de Acompanhamento de Mercado de 2016 da ANCINE.



O material, porém, traz outros dados relevantes sobre o setor como um crescimento mais equilibrado do circuito entre cidades grandes, média e pequenas. Historicamente, os maiores municípios foram os primeiros alvos dos exibidores quando o assunto era investir em mais salas. Tanto que, em 2015, momento em que já existiam subsídios e incentivos para abertura de telas em regiões menos atendidas por cinemas, as novas salas em cidades grandes representavam 44,1% das 229 inaugurações (complexos novos).

Em 2016, porém, esse desnível se mostrou um pouco menor, de 38,9%. Isso porque, das 239 telas abertas, reabertas ou de complexos ampliados, 91 foram inauguradas em cidades grandes. A participação de aberturas em cidades médias, por sua vez, caiu de 41% para 38%. A maior mudança, no entanto, foi para os municípios pequenos, que foram de 14% para 23%.

Dentro desse cenário, algumas regiões do País apresentaram forte presença das cidades pequenas e médias em seus crescimentos de circuito, com destaque para uma divisão equilibrada no Nordeste, região do País que teve o maior aumento de salas em relação a 2015, 10%. Por lá, as cidades grandes receberam apenas três telas a mais do que as médias, enquanto a diferença entre municípios médios e pequenos é de apenas quatro telas.

O Centro-Oeste, por sua vez, teve apenas uma sala nas cidades grandes, deixando as pequenas para receberem uma maior quantidade de telas, 11, o que são cinco telas a mais do que os municípios médios. Na região Norte também houve uma predominância das cidades pequenas, com sete telas, enquanto as médias tiveram apenas uma sala e as grandes, nenhuma.

Já na região Sul, a terceira do País em quantidade de salas reabertas, inauguradas ou ampliadas, o destaque foi dos municípios médios, com 25 telas, em seguida vindo os pequenos com 12 e os grandes centros urbanos com sete. O Sudeste apresentou forte participação das cidades grandes (66 salas), mas também teve boa presença das cidades médias (43). As pequenas receberam 12 telas na região.

Um detalhe na comparação na retomada dos relatórios de 2015 é que, nesse ano, 10 Estados brasileiros não receberam novas salas, enquanto em 2016 foram apenas seis Estados.

Ainda em 2015, Carapicuíba (SP) foi considerada a 3ª maior cidade do País sem cinema e, em 2016, recebeu um complexo da Cinépolis, deixando o posto que tinha no período anterior. Já a cidade com a pior relação de habitantes por sala de 2015, Nova Iguaçu (RJ), por sua vez, recebeu um novo complexo do Kinoplex, rede que agora conta com dois cinemas no município.

O Informe Preliminar de 2016, divulgado em janeiro último pela ANCINE, e os relatórios, Informa Anual e Informe Preliminar de 2015 estão disponíveis no Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual – OCA. Vale destacar que, em 2015, contabilizando salas novas (229 telas), reabertas e cinemas ampliados, o Brasil recebeu 270 salas segundo o Relatório Anual da ANCINE, porém, segundo o Informe Preliminar do mesmo ano, o número total seria de 304. Nessa matéria foi considerado o número do Relatório Anual.

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