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01 Maio 2017 | Vanessa Vieira

Circulação de filmes em cinemas e serviços VOD da União Europeia é tema de estudo

Entidade europeia divulga pesquisa que destaca como a região ainda tem bilheteria dominada pelos EUA enquanto os filmes locais se mantêm mais numerosos

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Porcentagem do total de ingressos vendidos nos cinemas europeus entre 2005 e 2014, com divisão entre filmes dos EUA, da União Europeia, de outros países europeus e do mercado internacional (Foto: Observatório do Audiovisual Europeu)

O European Audiovisual Observatory – EAO (Observatório do Audiovisual Europeu, em tradução livre) divulgou um estudo que pesquisou a circulação de filmes locais e estrangeiros nos cinemas e serviços vídeo sob demanda (VOD, em inglês) da Europa. No documento foram analisados catálogos de VOD e lançamentos nas telonas entre 2005 e 2014, com informações do banco de dados LUMIERE, que pertence à entidade.



Ao todo, 16.829 lançamentos únicos de filmes nos cinemas foram analisados. Além disso, o alcance das estreias europeias também foi estudado em comparação aos longas norte-americanos, tanto no VOD quanto na telona. Assim, a pesquisa aponta que os longas europeus “viajam” menos do que os dos Estados Unidos no VOD porque, enquanto esses têm presença em serviços assim em quase 7 países, na média total, os da União Europeia – UE chegam a 2,8 territórios. O mesmo acontece na telona, na qual os filmes do bloco econômico chegam a uma média de 2,6 países enquanto os lançamentos norte-americanos conseguem estrear em cerca de 9,7 territórios, com parte dessas produções conseguindo chegar a mais de 20 países.

Já as coproduções entre países do bloco econômico e outras nações já conseguem estrear em uma média de 3,6 países, mas vale lembrar que 63% dos filmes europeus estreiam apenas em um país – geralmente no território de origem. Além disso, dos filmes norte-americanos, 80% chegam a cerca de 11 territórios.

Ainda assim, filmes da UE ainda representam a maior parte dos lançamentos que chegam aos cinemas da região, 64%. Porém, esses títulos têm apenas 27% do público, enquanto as produções dos EUA recebem 70%. Longas europeus que não são do bloco econômico representam 0,3% do público total e 2,1% dos espectadores assistem lançamentos de outras origens.

Agora, dos títulos do bloco que são exibidos nos cinemas da UE, 47% vão para pelo menos um serviço de VOD, sendo cerca de cinco mil de um total de 10,8 mil. Os longas dos EUA não são tão numerosos, são apenas 2,5 mil, mas 87% foram para pelo menos um serviço de VOD da região europeia.

De todas as origens de produções, as que vêm de mercados ditos “internacionais” (fora da Europa e dos EUA) são as únicas que têm maior presença nos serviços de VOD do que nos cinemas. Os longas europeus e de Hollywood já são mais numerosos em cinemas, sendo que os filmes europeus mais recentes são os que mais facilmente vão para pelo menos um VOD, geralmente do país de origem, mas com possibilidade de ir para mais serviços do tipo dependendo mais de em quantos mercados conseguiu estrear na telona do que do número de ingressos vendidos. Apenas para longas dos EUA é considerado fácil para títulos mais antigos terem presença em VOD.

No entanto, o estudo destaca repetidamente a maior diversidade de filmes europeus nos serviços de VOD na região, mesmo que essas produções tenham melhor circulação nos cinemas do que nesses serviços. Dos 26,4 mil títulos únicos disponíveis em VOD no período analisado, 47% eram da União Europeia. Porém, na participação total entre os longas disponíveis, apenas 27% das produções são do bloco econômico. A diferença se nota quando é apontado que os filmes dos EUA representam 41% dos títulos únicos, mas quase 60% do total disponível no VOD da UE.

Confira também o estudo da Union Internacionale des Cinémas – UNIC sobre a inovação e a situação atual do mercado exibidor europeu.

Confira alguns dos gráficos sobre a presença de filmes de diferentes origens em serviços VOD.

Clique abaixo para ver ampliado:

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