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22 Junho 2017 | Vanessa Vieira

Exibição é setor audiovisual com maior participação de profissionais mulheres no Brasil

Segundo estudo divulgado pela ANCINE, o mercado exibidor é um dos mais desiguais em média salarial por gênero e o segundo que mais contrata

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(Foto: Shutterstock)

A ANCINE anunciou nesta quinta-feira (21) o estudo “Emprego no Setor Audiovisual”, que analisa dados de diversas áreas desse segmento econômico, coletados entre 2007 e 2015.

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Nesse contexto, 2015 teve uma queda quase geral de empregos entre os setores do audiovisual, o único que registrou aumento foi o das programadoras de TV paga (total de 3.627). Dentre os anos analisados, 2012 foi o momento que o audiovisual mais gerou empregos, com 112,3 mil. Três anos depois esse número caiu para 94,9 mil, deixando o setor com uma participação de 0,20% no total de empregos no País (48 milhões), 0,04% a menos do que em 2012.

Já no comparativo entre 2007 e 2015, dos oito setores avaliados, apenas a exibição e a produção e pós-produção registraram aumento. Os cinemas, inclusive, passaram de 8,4 mil empregos para 14,2 mil, além de serem o mercado com mais participação de profissionais mulheres: 59%. A exibição, porém, é o segundo mercado mais distante da igualdade entre salários de homens e mulheres, com elas recebendo em média 22% a menos. A TV aberta, por sua vez, é quem mais emprega homens proporcionalmente, com eles representando 67% dos profissionais.

O setor de distribuição, que registrou queda de 2 mil empregos para 867 entre 2007 e 2015, é um dos mais equilibrados em termos de gênero, com 51% dos profissionais sendo mulheres e 49% homens. Esse segmento ainda foi o que mais se aproxima de uma equidade entre os salários para homens e mulheres, com elas ganhando 0,8% a menos.

Em termos de idade média dos trabalhadores de cada área, a distribuição viu sua média subir de 30 para 37, enquanto a exibição se manteve em torno dos 29 anos. Já quando o assunto é remuneração, o setor de distribuição teve a média mais alta em 2015 com R$ 7,4 mil, o que representa um aumento de 107% em relação a 2007. O mercado exibidor ficou com a terceira menor média, com R$ 1,3 mil (+24%), sendo que a maioria dos estabelecimentos empregadores deste setor está na categoria de 0 a 9 vínculos empregatícios (371) ou de 10 a 49 (369). Apenas 37 contratam de 50 a 99 profissionais e cinco ficam de 100 a 499 vínculos.

No total de empregos do meio audiovisual, a exibição aumentou sua participação no período analisado de 10% para 15%, enquanto a distribuição foi de 2% para 1% e a produção e pós-produção cresceu de 6% para 12%.

Os dados do material podem ser comparados a documento semelhante lançado pela MPA-AL no fim de 2016, que analisava dados de 2014. Em relação a essas informações, em 2015 o mercado exibidor continuou como o segundo segmento que mais contrata em todo o audiovisual brasileiro, atrás apenas da TV aberta, que chegou a 51.721 empregos em 2015. A distribuição também se manteve como o setor com maior média salarial e de profissionais com curso superior completo.

Veja o estudo da ANCINE na íntegra.

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