21 Julho 2017 | Vanessa Vieira

Netflix passa dos 100 milhões de assinantes e tem seu maior aumento por ação

Resultados do segundo trimestre do ano mostram que maioria dos assinantes não é mais dos Estados Unidos

A Netflix divulgou seus resultados financeiros para o segundo trimestre deste ano, que incluem a conquista da marca de 100 milhões de assinantes. Em resposta ao anúncio, a bolsa de valores de Wall Street registrou o maior aumento único por ação já atingido pela empresa, 13%, levando o valor por título para cerca de US$ 185.

Com isso a companhia especializada em streaming é avaliada em US$ 77,1 bilhões de acordo com a CNBC.

O crescimento no número de assinantes foi tão relevante por conta das estimativas de Wall Street, que esperava 3,2 milhões de novos usuários do serviço quando na verdade foram 5,2 milhões. Desses, apenas 1,07 milhão vêm dos Estados Unidos, enquanto 4,1 milhões são de outros territórios. Com essa adição, o mercado internacional passa a representar a maioria de assinantes da Netflix (52 milhões), que antes pertencia aos EUA (51,9 milhões). Esse resultado aumenta a expectativa da empresa para uma maior participação internacional no faturamento total de 2017.

Parte desse súbito aumento de usuários pode ser atribuído ao lançamento de 14 temporadas inéditas de séries originais da companhia no período, além de filmes também originais. Estes, inclusive, foram apontados pelo CCO (Chief Content Officer) da empresa, Ted Sarandos, como uma das principais apostas da Netflix por ser capaz de trazer e reter assinantes tanto quanto as séries, “mesmo sem serem exibidos no cinema”, afirmou em entrevista ao portal Deadline.

A empresa mantém sua posição quanto ao lançamento simultâneo em salas de cinema e no streaming. Em junho último, essa estratégia recebeu um boicote na Coreia do Sul.

Assim, no segundo trimestre, a companhia registrou um aumento total de 30% em suas receitas, fechando o período com US$ 2,9 bilhões e um acréscimo de US$ 0,16 por ação. O lucro bruto estimado é de US$ 66 milhões.

Os resultados são bem diferentes dos do primeiro trimestre deste ano, quando a Netflix não atingiu o esperado para aumento de assinaturas.