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04 Outubro 2017 | Vanessa Vieira

Estudo da Deloitte confirma uso intensivo do mobile pelos brasileiros

Em coletiva, executiva da empresa destacou os smartphones como meio pelo qual as pessoas buscam entretenimento

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(Foto: Exibidor)

Nesta terça-feira (03), a Deloitte, empresa voltada à auditoria e consultoria, divulgou alguns dos principais dados do estudo “Global Mobile Consumer Survey 2017” (Pesquisa global de consumidores em mobile 2017, em tradução livre).

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O evento se deu por meio de uma coletiva de imprensa realizada durante a Futurecom 2017, que acontece entre 2 e 5 de outubro em São Paulo (SP). A convenção é dedicada ao setor de telecomunicações e conta com uma feira de negócios com apoio de mais de 100 marcas, entre elas a NEC.

Segundo Marcia Ogawa, sócia-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicação (TMT) da Deloitte no País, 2 mil brasileiros foram entrevistados para a pesquisa, que denotaram o poder crescente do mobile, com destaque para smartphones. O estudo aponta que esses celulares foram o produto eletrônico que mais ampliou sua penetração no País, com 7% mais do que no ano passado. 87% dos respondentes tinham um smartphone, em seguida vêm 67% com notebooks (+2%), 58% com desktop (0%) e 44% com tablets (+3%).

Dentro do uso mobile, 33% dos entrevistados usam tanto as redes sociais que as conferem durante a madrugada. Quando levada a pergunta aos mais jovens (de 18 a 24 anos), o percentual pula para 45%. Para comparação, no Reino Unido essa taxa é de 22%. Os itens mais realizados semanalmente nesses smartphones incluem mensagens instantâneas (94%), mídias sociais (89%) e e-mails (82%).

Marcia destacou ainda que o compartilhamento de conteúdo já faz parte do hábito do brasileiro, o que é demonstrado pelos 82% dos respondentes que compartilham fotos em mensagens instantâneas ao menos uma vez por semana. 75% compartilham vídeos nesses apps de mensagens, enquanto 64% e 52% postam fotos e vídeos em redes sociais, respectivamente.

“O fenômeno da afinidade e do apego do brasileiro em relação às tecnologias móveis realmente merece estudo. Com os resultados da Global Mobile Consumer Survey 2017, constatamos que nossa sociedade vive mudanças de hábitos e costumes que têm transformado a maneira como as pessoas se comportam, trabalham, estudam, se divertem e se relacionam. Para além das curiosas conclusões de nosso estudo, traçamos um importante retrato dos tempos atuais, das potencialidades e perspectivas que se abrem para o futuro”, afirma em comunicado oficial.

Atrair pessoas com Wi-Fi

Outro ponto de atenção para a executiva é que, mesmo o 4G aumentando sua abrangência no Brasil (61%), o Wi-Fi ainda é o tipo de conectividade preferido pelos brasileiros (84%). Isso denota uma possível atratividade para locais como cinemas e shoppings que oferecem Wi-Fi a seus clientes, até porque a pesquisa também aponta que 8 em cada 10 brasileiros estouram seu pacote de dados. 51% das pessoas entrevistadas têm pacotes limitados de até 3GB.

Também é interessante ao setor de entretenimento que 56% dos consultados afirmam pesquisar online sobre serviços e produtos que querem adquirir e, desses, apenas 18% realmente compram algo.

Entretenimento e cinema

Quanto ao audiovisual, Marcia denotou que cada vez mais esse conteúdo é acessado via mobile. “Esse maior acesso em smartphone faz com que todas as campanhas de marketing e vendas precisem ser direcionadas para este canal”, afirmou. Para ela, o impacto disso tudo é que o celular se tornou a principal ferramenta de contato com clientes e espectadores.

Nesse contexto Greg des Groseilliers, consultor da Deloitte com atuação em Wilmington (EUA), comentou que com esse uso intensivo do mobile, ele se tornou uma grande fonte de dados sobre esses usuários. Principalmente entre públicos como os Millennials, que têm um uso ainda maior de smartphones. Já Duncan Stewart, diretor de pesquisa em TMT da empresa no Canadá, compartilhou dados do país, onde 17% dos entrevistados afirmam consumir conteúdo audiovisual via smartphone, porém o número vai para mais de 30% entre os jovens.

 

A mesma pesquisa também foi realizada pela Deloitte em outros 21 países, totalizando 40 mil pessoas entrevistadas e incluindo territórios como Canadá, Estados Unidos, Finlândia, Japão e México.

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