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13 Novembro 2017 | Vanessa Vieira

Fox e Lionsgate apresentam bons números e Disney tem recordes mundiais

Apesar de ter sido a única empresa com menor arrecadação no período, a Disney acaba de passar a marca de US$ 3 bilhões de bilheteria mundial

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(Foto: Huffington Post)

Depois da Sony Pictures ter anunciado lucro no terceiro trimestre deste ano, agora chegou a vez da Disney, da Fox e da Lionsgate divulgarem seus resultados financeiros do período. Enquanto a primeira teve uma pequena queda e manteve a quebra de recordes mundiais, as duas últimas surpreenderam o mercado com bons números.



Bem acima do esperado

A Lionsgate surpreendeu o mercado ao conquistar um lucro bruto de US$ 16 bilhões, com alta de US$ 0,07 por ação. O resultado foi considerado muito acima do esperado por Wall Street, ainda mais após a companhia ter registrado perda de US$ 18 milhões em 2016.

No total, foram arrecadados US$ 941 milhões, representando um aumento de 47% em relação ao ano passado. Um destaque na telona foi o lançamento de Doentes de Amor (distribuído no Brasil pela California Filmes), que somou US$ 43 milhões nos EUA. Apesar disso, o setor de cinema teve 24% menos receita, fechando o trimestre com US$ 365,7 milhões. Já na TV paga, quem contribuiu para os números foi a Starz, com seu serviço de TV a cabo premium. A companhia comprada pela Lionsgate em dezembro de 2016.

Resultado positivo

O conglomerado 21st Century Fox fechou o período com arrecadação de US$ 7 bilhões, 8% a mais do que em 2016. Assim, o grupo ficou com um ganho de US$ 0,49 por ação, um resultado um pouco acima do esperado por Wall Street, de US$ 0,48. Entre os departamentos que impulsionaram os números da empresa, está o de TV a cabo, que somou US$ 4,2 bilhões (US$ 400 mil a mais do que no ano passado), e o de cinema, que arrecadou US$ 2 bilhões (US$ 100 mil a mais). Porém, no setor cinematográfico, a Fox teve queda de US$ 55 milhões no lucro operacional.

Entre os títulos de destaque do período, estão Planeta dos Macacos: A Guerra (US$ 490 mi) e Kingsman: O Círculo Dourado (US$ 393 mi), sendo que este último foi lançado no fim de setembro.

A empresa também esteve envolvida em um rumor do mercado, no qual era dito que sua área de cinema seria vendida por aproximadamente US$ 20 bilhões à Disney. Tanto no anúncio dos resultados da Fox quanto no do outro estúdio, não houveram comentários sobre o assunto.

Recordes mundiais

Neste terceiro trimestre, considerado o quarto trimestre fiscal da Disney, a empresa teve uma receita levemente abaixo da registrada no ano passado, 3% a menos, ficando com US$ 12,8 bilhões quando era esperado US$ 13,2 bilhões. A queda se deu principalmente por conta do meio televisivo, no qual as receitas caíram 3% para US$ 5,5 bilhões, com ganhos operacionais com menos 12%, indo para US$ 1,5 bilhão. O canal ESPN, por exemplo, continua a ter cada vez mais queda no número de assinantes, porém a marca terá um serviço de streaming para esportes lançado em 2018 – e é uma aposta para competir com empresas como Netflix.

Já em 2019, é esperado que a Disney lance um serviço de streaming próprio para seus filmes e séries de TV, sendo que a plataforma ainda terá de quatro a cinco longas por ano produzidos com exclusividade para o canal.

Entre os parques e resorts, o conglomerado viu sua receita crescer em 6%, indo para US$ 4,7 bilhões mesmo sendo afetado pelo furacão Irma.

No meio cinematográfico, o trimestre só ficou 21% abaixo de 2016 graças à comparação entre as bilheterias de Carros 3, que estreou em 2017, e Procurando Dory, lançado no mesmo período do ano passado. Porém, o último trimestre promete ser de altos números para a Disney, já que Thor: Ragnarok já passou dos US$ 650 milhões mundialmente e o estúdio ainda terá as estreias de Viva – A Vida é uma Festa e Star Wars: Os Últimos Jedi.

Graças a Thor: Ragnarok e o lançamento limitado de Viva, a Disney, inclusive, já passou a marca de US$ 3 bilhões de bilheteria global agora neste mês de novembro. Assim, o estúdio se torna o único a atingir essa cifra nos últimos três anos.

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