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06 Dezembro 2017 | Vanessa Vieira

Completando 20 anos, produtora Giros promete apostar mais em filmes de ficção

Conhecida pelos documentários, empresa lançou seu primeiro longa de ficção em 2016 e promete mais para 2019 e 2020

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(Foto: Giros)

Com uma trajetória de 20 anos marcada pelos documentários “de causa”, a produtora Giros, criada em 1997, está apostando cada vez mais em modelos de negócio e de produção diferentes. Uma prova disso foi o lançamento de seu primeiro longa-metragem de ficção no segundo semestre de 2016, a mescla de comédia e drama de Um Homem Só.



“Temos que estar sempre abertos, uma produtora não pode ter um único modelo de negócios. O mercado audiovisual mudou e a Giros precisou se adaptar. Então a se abriu para novos formatos como dramaturgia adulta, infantil, animação e longa de ficção”, afirma Belisario Franca, fundador da Giros e cineasta, em comunicado oficial.

O filme teve distribuição da Downtown Filmes e Paris Filmes, mas, antes de chegar aos cinemas, já havia ganhado três Kikitos no 43º Festival de Gramado, nas categorias Melhor Fotografia, Melhor Atriz para Mariana Ximenes e Melhor Ator Coadjuvante para Otávio Müller. “Somos consumidores de todo tipo de dramaturgia e incluir ficção nas nossas atividades era meta desde 2010. ‘Um Homem Só’ era parte desse projeto e com ele a gente estreou – e viciou – nesse universo”, contou Bianca Lenti, diretora de criação e sócia da produtora, em entrevista ao Portal Exibidor.

Maria Carneiro, diretora executiva e sócia da Giros, ainda apontou que, a partir de 2018, outros produtos de dramaturgia devem começar a “circular”. Ela afirmou que a Giros se preparou para esse passo e agora está colhendo os frutos desse investimento. Os projetos de ficção envolvem séries e cinema, embora este último só deva receber novos longas do gênero entre 2019 e 2020. Isso porque ainda estão em fase de desenvolvimento e prospecção e, por isso, as executivas ainda não divulgaram mais novidades dos projetos.

Mas se a ficção da Giros ainda vai demorar um pouco para chegar às telonas, os tradicionais documentários devem manter o circuito desse gênero bastante ocupado. Ainda em 2017, Soldados do Araguaia estreou na 41ª Mostra de Cinema Internacional de São Paulo. Em pré-produção também existem os títulos Apenas Meninas e Até que se Prove o Contrário.

Ainda em 2016, a empresa considerou o filme Menino 23: Infâncias Perdidas No Brasil um grande sucesso. O documentário foi dirigido pelo fundador da produtora, Belisario Franca. “O longa ficou 23 semanas em cartaz, o que é um grande feito para o nosso mercado”, explicaram Maria e Bianca. A produção, que faz parte da chamada Trilogia do Silenciamento, recebeu troféus no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2017.

“O desafio de atrair o público para os cinemas foi construído bem antes, por meio de uma campanha de impacto via redes sociais e via parceiros ao lado dos quais realizamos sessões acompanhadas de debates”, completou Bianca. As executivas acreditam que Menino 23 foi a prova de que “o cinema sem dúvida alavancou bastante a percepção do mercado sobre o nosso trabalho”.

Demais apostas

Outra aposta, além da ficção, é a animação. Para entrar nesse mercado, a Giros conta com uma propriedade intelectual chamada Billy e Catarina, uma série de animação dedicação a crianças entre 2 e 5 anos de idade. Porém, Bianca comentou em entrevista a possibilidade de, caso a marca seja bem-sucedida, de expandir para o cinema com um spin-off.

A produtora também está se aproximando da realidade virtual. “Nossa busca permanente é por relevância tanto de conteúdo quanto de mercado e isso só acontece quando encaramos com seriedade a exploração dos tipos de narrativas possíveis. Desde o começo do ano estamos experimentando o universo do VR. É desafiador, mas é uma realidade. É o futuro do nosso mercado”, disse Bianca. Ela afirmou também que ainda não existem projetos de VR ligados ao cinema dentro da produtora, mas em breve a tecnologia será “conectada” aos lançamentos cinematográficos.

“Sempre que temos uma ideia, debatemos qual o melhor formato pra entregá-la ao público e acabamos caindo na discussão sobre qual a melhor janela. Alguns projetos geram histórias mais longas e a série de TV dá conta desse conteúdo. Outras histórias foram feitas para grande tela. O cinema sem dúvida alavancou bastante a percepção do mercado sobre o nosso trabalho.

Confira as fotos de Bianca, Maria e do fundador Belisario:

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