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12 Fevereiro 2018 | Fernanda Mendes

Sites de pirataria de filmes receberam retorno de R$ 20 milhões com publicidade em 2016

Dados foram divulgados por pesquisa do IBOPE Repucom a pedido da MPA-AL

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*Imagem Meramente Ilustrativa (Foto: ICAB - Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros)

A pirataria não é algo novo no mercado de entretenimento. Muito se discute sobre como impedir a ação de sites piratas e, agora, uma pesquisa realizada pelo IBOPE Repucom a pedido da Motion Picture Association – América Latina (MPA-AL) mostra que os dez maiores endereços eletrônicos de pirataria de filmes no Brasil arrecadaram pelo menos R$ 17 milhões com publicidade online entre agosto de 2015 e agosto de 2016.



Segundo o documento, isso ocorre porque as agências de publicidade contratam redes de propaganda online para introduzir anúncios de seus clientes em websites e aplicativos, que incluem no portfólio os sites ilegais.

Somente no ano de 2016, a análise mostra que dentro da mídia digital, a área de Display e Search recebeu investimento de publicidade na ordem de R$ 6,5 bilhões, 13 vezes a mais que o investimento de publicidade em cinema (R$ 509 milhões). Os websites piratas teriam acesso a parte desse investimento digital. Ainda, foi observado que o CPT (cost per thousand - métrica utilizada para avaliar o retorno de capital) da verba investida nesses sites ilícitos foi de R$ 20 milhões.

Segundo o IBOPE Repucom, os sites piratas são interessantes para estes intermediários de publicidade pelo alto volume de acessos e, consequentemente, pelos muitos cliques que geram para o anunciante. Os dez maiores endereços eletrônicos ilegais do Brasil receberam 135,3 milhões de visitas mensais em 2016.

O vice-presidente Jurídico e de Proteção de Conteúdos da MPA-AL, Ygor Valério, conta que é necessário que o mercado de publicidade no Brasil seja saneado, deixando de financiar a atividade ilícita. “Isso deve ser feito por meio da adoção de critérios não econômicos de escolha dos espaços para veiculação de anúncios. A busca indiscriminada por mais cliques acaba expondo anunciantes à associação de sua marca a atividades ilegais como a pirataria”.

Curiosidade

Em outubro de 2015, o deputado federal Sandro Alex, subrelator da CPI dos Crimes Cibernéticos da Câmara dos Deputados, revelou um caso em que o anúncio do governo brasileiro aparecia inadvertidamente em sites de pirataria de conteúdo. Depois da revelação do parlamentar, a Presidência da República alterou as normas de uso de redes de propaganda online.

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