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15 Fevereiro 2018 | Vanessa Vieira

Combate ao assédio e destaques para filmes latino-americanos dão o tom a Berlim

América Latina mantém boa presença no evento, que contará com debates sobre assédio e violência contra mulheres

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(Foto: Berlinale 2018)

A tradição do Festival de Cinema de Berlim – Berlinale é trazer uma programação politizada, já tendo dado espaço a temas como o dos refugiados, entre outros. Assim, neste ano a 68ª edição do evento, que será realizada entre hoje (15) e 25 de fevereiro, dará foco especial ao debate sobre assédio e violência contra mulheres, com abertura também ao movimento #MeToo.



Por isso, o festival alemão contará com seminários e painéis sobre o assunto e sobre a presença feminina na direção e no protagonismo, além de ter o espaço “safe counselling corner” (canto de aconselhamento seguro, em tradução livre) para propiciar um local para que mulheres possam conversar livremente sobre suas experiências. O diretor do evento, Dieter Kosslick, apontou em comunicado oficial que “essa discussão certamente moldará o festival. Não é só sobre assédio. É sobre discriminação como um todo”.

Cerca de cinco títulos foram excluídos da programação por terem relação com diretores, roteiristas ou atores com acusações de má conduta sexual. Temas como gênero, identidade sexual, etnia, deficiência e diversidade religiosa também serão debatidos no festival.

Programação diversa e latina

A Berlinale terá obras de diretores de mais de 80 países, já conta com mais de 300 mil ingressos vendidos – celebrando a telona como principal meio para se assistir um filme, sendo a animação Isle of Dogs, de Wes Anderson, o filme responsável por abrir o evento nesta quinta-feira (15).

Ao todo, a competição principal terá a participação de 24 obras, tendo 19 dessas concorrendo ao Urso de Ouro, premiação mais relevante do evento. Isle of Dogs (EUA) é um dos principais competidores, ao lado de títulos como Las Herederas (coprodução Paraguai-Uruguai-Alemanha-Brasil-Noruega-França), Damsel (EUA), Dovtalov (coprodução Rússia-Polônia-Sérvia) e Museo (México).

Fora da mostra competidora, ainda estarão outros longas com toque latino-americano como 7 Dias em Entebbe, do brasileiro José Padilha. Na seção “Berlinale Special” ainda terá o documentário argentino Viaje a los Pueblos Fumigados.

O Brasil terá forte participação da mostra Panorama com Ex-Pajé, Bixa Travesti, Tinta Bruta, O Processo e a coprodução Central Airport THF. Na seção Fórum será exibido o brasileiro Eu Sou o Rio, enquanto na Generation terá o título Unicórnio. Na competição entre curtas ainda estarão Alma Bandida, Terremoto Santo e a coprodução Russa. Assim, o País soma 12 representantes entre longas e curtas-metragens.

A seção Panorama, que tem total de 47 obras de 40 países, também tem forte presença argentina com Malambo, el Hombre Bueno, La Omisión e Marilyn. O Peru aparece na seção 14plus com Retablo, enquanto a Colômbia aparece com Virus Tropical. Outros títulos latinos também aparecem nos curtas e na mostra Kplus.

Entre os homenageados desta edição do festival está o ator Willem Dafoe, que receberá o Urso de Ouro Honorário.

Veja como foi a Berlinale 2017.

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