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16 Fevereiro 2018 | Vanessa Vieira

Lionsgate e Viacom batem estimativas financeiras para fim de 2017

Empresas divulgaram dados do último trimestre do ano passado

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Imagem meramente ilustrativa (Foto: Dental Economics)

A maior parte das grandes empresas de mídia, telecomunicações e conteúdo (cinema e TV) já apresentaram seus resultados financeiros do último trimestre de 2017. Entre elas estão 21st Century Fox, DisneySonyComcast e Time Warner. Agora foi a vez da Lionsgate e do conglomerado Viacom de divulgarem seus números.



Ambas bateram as estimativas feitas pela bolsa de valores de Wall Street, com a Lionsgate tendo ganhos de US$ 0,87 por ação (US$ 0,62 a mais do que o previsto) e a Viacom com US$ 1,03 por título (US$ 0,98 a mais). Assim, a primeira ficou com saldo positivo de US$ 193 milhões, o que já é algo relevante visto a perda de US$ 30,6 milhões no ano anterior, e a segunda teve um ganho total 34% maior do que no mesmo período de 2016.

Viacom: números e possível fusão

Em termos de arrecadação, a Viacom, que considera o último trimestre de 2017 como o primeiro trimestre fiscal de 2018, viu seus resultados caírem 7,6%, ficando em US$ 3 bilhões. Segundo a companhia, a queda ocorreu por conta da redução de taxas que a empresa recebia em áreas como TV a cabo nos Estados Unidos (que caiu 7% em lucro bruto) e distribuição via satélite.

Vale lembrar que a empresa iniciou oficialmente um processo de layoffs como parte de uma estratégia de corte de gastos. Por ora, os custos da companhia caíram 10% em relação a 2016. Na apresentação dos números, o CEO da Viacom, Bob Bakish, afirmou que a companhia “enxerga” de maneira “bem clara” um caminho para o aumento orgânico do faturamento, com uma retomada para o crescimento.

A área de cinema do conglomerado teve uma queda de 28% para US$ 544 milhões. Os lançamentos internacionais do período incluíram títulos como Pai em Dose Dupla 2 e Pequena Grande Vida, que acumularam até o momento US$ 180 milhões e US$ 52 milhões de bilheteria global. No total, as perdas desse departamento apresentaram uma melhoria, indo de US$ 180 milhões para US$ 130 milhões na comparação entre períodos de 2017 e 2016.

A Viacom também é assunto de rumores no mercado mundial pela possibilidade de ela tentar uma fusão com a CBS, empresa com a qual já foi unida anteriormente. Porém, ainda não existem confirmações de quando isso aconteceria. Embora as negociações tenham iniciado seus primeiros passos, as duas companhias já declararam que não há certeza de que elas evoluam para um acordo. Ambas as marcas são controladas majoritariamente pela família estadunidense Redstone.

Nesta semana, a CBS também divulgou seus resultados financeiros do fim de 2017, quando teve um recorde de arrecadação: US$ 3,92 bilhões.

Lionsgate: crescimento impulsionado pelo cinema

No último trimestre do ano, a Lionsgate, que considera o período como seu terceiro trimestre fiscal, registrou um aumento de 52% no faturamento, ficando em US$ 1,1 bilhão. O lucro bruto também foi beneficiado por um benefício fiscal do governo dos EUA avaliado em US$ 165 milhões.

Na apresentação de resultados, Jon Feltheimer, CEO da empresa, afirmou que os bons números foram impulsionados pelas áreas de cinema e pela subsidiária Starz, adquirida em 2016. O executivo ainda declarou acreditar na capacidade da Lionsgate em oferecer uma programação diferente das majors de Hollywood, em uma tática de “contra-programação” que tem sido a aposta da empresa nos últimos dois anos.

O segmento de cinema, por exemplo, cresceu 14%, chegando a US$ 539 milhões. Esse resultado se deve especialmente aos números surpreendentes de títulos como Extraordinário (distribuído no Brasil pela Paris Filmes, filme tem US$ 286 milhões de bilheteria mundial) e pelo sucesso continuado de filmes como La La Land – Cantando Estações (US$ 446 milhões) e O Assassino: O Primeiro Alvo (US$ 66 milhões até o momento). Apesar do crescimento, a área teve um lucro estimado menor do que em 2016, com menos de US$ 1 milhão de diferença.

Veja ainda alguns comentários das majors de Hollywood sobre o mercado de entretenimento durante conferência nos Estados Unidos.

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