Exibidor

Publicidade

Notícias /mercado / Entrevista

23 Maio 2018 | Vanessa Vieira

Fernanda Farah comenta trabalho do BNDES junto ao cinema e promete novidades

Executiva aponta números da entidade e novas linhas de crédito

Compartilhe:

(Foto: Bruno Spada | BNDES)

Ao lado da ANCINE, o BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social é uma das entidades que contam com linhas de apoio ao audiovisual e, em especial, ao cinema e mercado exibidor. Em entrevista ao Portal Exibidor, Fernanda Farah, gerente do departamento de cultura do BNDES, comenta os números do banco junto ao segmento e mais novidades do banco.

Publicidade fechar X

Cotada anteriormente pelo mercado audiovisual como uma possível indicação à diretoria da ANCINE, a continuidade de Fernanda no BNDES foi uma decisão feita em conjunto e em prol do mercado segundo o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. “A permanência de Fernanda no BNDES será importante para consolidar o papel da instituição na política de audiovisual", disse Sá Leitão em comunicado do Ministério da Cultura – MinC.

Entre as ações futuras mais importantes do banco, a executiva destacou a formação das novas linhas de crédito para a exibição. Confira a entrevista na íntegra:

Portal Exibidor - Em fala oficial, Sérgio Sá Leitão explicou que você e ele chegaram à conclusão de que seria mais interessante para o setor que você se mantivesse no BNDES. Isso porque o banco também tem uma alta relevância em relação ao mercado de cinema. Como você vê essa relação entre BNDES e mercado de cinema?

Desde 2007, o BNDES vem desempenhando papel expressivo frente ao segmento de salas de exibição cinematográfica. Desde 2007, foram contratadas 42 operações no valor total de R$ 443 milhões, que viabilizaram a implantação de 311 novas salas de exibição. Além disso, em 2014, o BNDES, em parceria com a ANCINE, apoiou com R$ 123 milhões a migração de 770 salas de cinema para o padrão digital, utilizando recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

Até 2017, no segmento de Exibição, foram aprovados financiamentos no BNDES para 42 operações de 21 exibidores diferentes. No total, foram aprovados R$ 443,3 milhões, que viabilizaram a implantação de 331 novas salas de exibição. Além disso, em 2014, o banco apoiou com R$ 123,3 milhões a migração de 770 salas de cinema para o padrão digital. No segmento de Produção, foram apoiadas 30 operações de 21 clientes diferentes. O apoio total a essas operações ficou em R$ 161,5 milhões. Em relação aos gêneros apoiados, foram 5.512 minutos animados em 520 episódios de 16 séries e 2 longas de animação. Também apoiamos 14 séries e 24 longas de ficção e 7 documentários. No total, foram 14 operações para apoio a Planos de Negócios que incluíram, além das produções audiovisuais, a estruturação de núcleos criativos, desenvolvimento tecnológico, ações de capacitação e de melhorias de gestão.

Por fim, o segmento de infraestrutura contou com o apoio do BNDES para 4 operações de 4 clientes diferentes. No total, foram financiados R$ 19,1 milhões para expansão e modernização desse segmento.

Após os apoios à Elo Company e à Boutique Filmes, como está o relacionamento do BNDES com o setor de distribuição? Como você prevê que esse relacionamento deve evoluir?

Estamos nos aproximando do setor de distribuição, pois acreditamos que, dessa forma, podemos fortalecer o mercado nacional como um todo. Novos modelos de negócios estão sendo criados e a expectativa é que o conteúdo nacional aumente sua presença em diversas plataformas e, além disso, ganhe projeção no cenário internacional. O financiamento à Elo Company foi o primeiro apoio do BNDES à uma distribuidora, enquanto que a Boutique Filmes contou com o apoio para o desenvolvimento de conteúdo. Nesse ano, também anunciamos o apoio à Sentimental Filmes e TV Pinguim. Em breve, divulgaremos mais operações contratadas nesse primeiro semestre! Aqui no BNDES estamos trabalhando a todo vapor.

O que é preciso para uma distribuidora ter acesso a esse tipo de apoio?

A distribuidora precisa ter um plano de negócios viável e sustentável economicamente. Os investimentos podem estar atrelados à comercialização, marketing e distribuição (P&A), coprodução de conteúdo, desenvolvimento de projetos, entre outros.

E como está o relacionamento entre BNDES e exibidores? Quais são os principais objetivos do banco na relação com os exibidores? Existem novidades?

Nossa equipe (maravilhosa!) está concluindo a análise de 2 projetos voltados para o segmento de exibição. Teremos novidades! Na semana passada tivemos a notícia de que o Brasil, após 43 anos, voltou a bater recorde de número de salas de cinema. O número de salas no País chegou a 3.279. Temos muito orgulho da atuação do BNDES nesse seguimento, via o Programa Cinema Perto de Você.

O BNDES planeja próximos passos ou novas linhas para a exibição?

O BNDES está trabalhando em parceria com a ANCINE, BRDE e outros agentes financeiros para lançar uma nova linha de crédito para a infraestrutura, utilizando os recursos do FSA e visando a descentralização do crédito. Nessa linha serão contempladas as salas de exibição e outros players do mercado.

Algum comentário ou recado adicional?

Continuamos seguindo, seguindo! O BNDES visa o desenvolvimento do setor audiovisual como um todo, pois acredita nessa indústria. Portanto, segue um recado aos empresários: não hesitem em nos procurar para apresentarem seus Planos de Negócios. Estamos sempre tentando nos aproximar dos players do setor!

Compartilhe:

  • 0 medalha