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02 Agosto 2018 | Fernanda Mendes

Estudo mostra que filmes de Hollywood estão longe de terem representatividade

Entre os filmes de 2007 a 2017 apenas 30% dos personagens eram mulheres

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(Foto: Disney)

Representatividade importa. Um exemplo disso é o longa da Disney, Pantera Negra, com um elenco 99% negro e que fez US$ 1,3 bilhão de bilheteria no mundo todo em 2018. Pensando nisso, a USC Annenberg School for Communication and Journalism, revelou um estudo com números sobre representatividade nas telonas.

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O estudo examinou cerca de 48 mil personagens em mais de mil filmes, sendo os de maior bilheteria nos EUA entre 2007 a 2017. Neste intervalo de tempo apenas 30,6% dos personagens eram mulheres, e menos de 1% representava a comunidade LGBT.

Em 2017 apenas 33 dos 100 filmes de maior bilheteria doméstica tiveram uma mulher no papel principal ou de coadjuvante. Apenas quatro dessas mulheres eram de um grupo racial/étnico sub-representado. Aliás, esses resultados não se diferem de 2016, afirma o estudo.

Outra questão apontada é que em 2017, 43 filmes dos que estavam no top 100 de maior bilheteria doméstica não incluíam uma personagem feminina afrodescendente; 65 longas não tinham personagens femininos asiáticos e 64 não tinham nenhuma personagem que representasse a cultura latina.

Dos 400 filmes de maior bilheteria entre 2014 a 2017, apenas um tinha um personagem transgênero. “Hollywood precisa deixar de falar sobre inclusão para aumentar significantemente a representatividade nas telonas”, afirmou a professora Stacy L. Smith.

Por trás das câmeras os números também não são bons. De 1,2 mil diretores nesses 11 anos (2007 a 2018), apenas 4,3% eram mulheres, 5,2% era afrodescendente e 3,1 % eram asiáticos.

O relatório também examina como os personagens são representados na tela, sendo que os personagens femininos tinham duas vezes mais probabilidade do que os personagens masculinos para serem mostrados em roupas sexualmente reveladoras, parcialmente nus ou referenciados como atrativos.

“Depois de testemunhar pouca mudança nesses números, fica claro que Hollywood deve fazer mais para garantir que os grupos marginalizados façam parte do tecido da narrativa. Boas intenções não são suficientes para criar mudanças”, disse Smith.

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