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07 Novembro 2018 | Fernanda Mendes

Fusões entre conglomerados de mídia estão ameaçadas

Enquanto reguladores exigem que a Disney desista de canais de TV sobre ciência e história, o governo dos EUA apela contra a fusão da Time Warner com a AT&T

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(Foto: Fox, Disney, TimeWarner, AT&T)

Fusões entre conglomerados de mídia estão mexendo com o mercado. A compra da Time Warner pela AT&T, que foi aprovada em junho deste ano, sofre reviravoltas, e o acordo entre Disney e Fox ganha mais imposições para acontecer.

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Após anunciarem a fusão das empresas e, inclusive, soltarem os primeiros resultados financeiros da união, a história entre a AT&T e a Time Warner ganhou um capítulo surpresa. O Departamento de Justiça dos EUA recebeu uma apelação do governo que afirma que está preocupada com “o futuro das indústrias de mídia e telecomunicações nos próximos anos".

No dia 6 de dezembro, três juízes devem analisar os fatos. Os advogados do governo estadunidense acreditam que a decisão que ocorreu em 12 de junho deste ano ignorou a lógica econômica ao julgar que a fusão não afetaria a distribuição, programação e negociação de conteúdo.

Disney e Fox

Ontem (6), os reguladores europeus aprovaram parcialmente a oferta de US$ 71,3 bilhões da Disney para a compra da Fox. No entanto, a condição é que o conglomerado do Mickey venda sua participação em certos canais de televisão no continente.

Com isso, o grupo terá que desistir dos canais como History, H2, Crime & Investigation, Blaze e Lifetime. Ambos controlados pela A+E Television, uma joint-venture entre a Disney e Hearst.

A maior preocupação dos reguladores europeus ainda é a parte de televisão, pois acreditam que mesmo em meio a fusão Disney e Fox, ainda haverá concorrência justa com outros estúdios de filmes como Sony, Universal e Warner Bros.

Já no setor televisivo, a concorrência, segundo os agentes, ficará desleal pois adquirindo a Fox, a Disney passará a ser proprietária também do canal National Geographic, com conteúdo semelhante aos da A+E.

Em comunicado oficial, a Disney contou que está disposta a seguir as condições para que a haja a aprovação final. “A Disney continuará a ser proprietária de 50% da A+E à parte dos canais que são operados na Europa. Continuamos a buscar a liberação o mais rápido possível dentro das leis”, afirma o comunicado oficial da Disney.

A Comissão Europeia determinou um prazo para a próxima terça-feira para aprovar de vez a compra de acordo com as condições impostas ou, caso contrário, abrir uma investigação de quatro meses sobre a fusão.

Nos EUA, a preocupação é a mesma. No começo deste ano, a proposta de fusão entre Disney e Fox foi aprovada pelo Departamento de Justiça, contanto que a Disney não adquira os canais de esportes da Fox, já que é proprietária do canal ESPN.

Muitos acreditam que a fusão deve ser oficializada já no início de 2019 e o mercado começa a se preparar para as mudanças.

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