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23 Novembro 2018 | Roberto Sadovski

Paramount assina acordo para produzir filmes para a Netflix

Novo contrato ambiciona aumentar o papel do estúdio como criador de filmes e séries em diversas plataformas

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(Foto: Photo © 2012 Kayte Deioma)

Enquanto o mundo do cinema aprende aos poucos como lidar com o fenômeno do streaming representado pela Netflix, a Paramount encarou a situação de outra forma e apertou as mãos em uma parceria. Em um novo contrato que antevê a produção de vários filmes, o presidente da Paramount, Jim Gianopoulos, ressalta que a prioridade é expandir o papel da empresa como provedor de conteúdo em escala global.



“Estamos explorando diversas fontes de renda além da tradicional exibição em cinemas”, disse em uma conversa com analistas de Wall Street. “Um dos caminhos é investir em material inédito de diversas durações para outras plataformas de mídia.” As duas empresas já têm colaborado desde que Gianopoulos tornou-se CEO em março de 2017. Com sua divisão de TV, por exemplo, a Paramount produziu séries como Maniac e 13 Reasons Why. A relação estreitou-se quando a Netflix exibiu, em uma surpresa mundial, o longa The Cloverfield Paradox, agendado para lançamento em cinemas, mas disponibilizado pela plataforma de streaming na noite do Super Bowl, em fevereiro.

Os números de The Cloverfield Paradox foram robustos, com a Netflix pagando cerca de US$ 50 milhões pelo filme. O novo contrato, entretanto, não teve detalhes como valores ou mesmo número de projetos revelados. O CEO se limitou a dizer que não seriam muitos títulos, e que sua divulgação e exibição aconteceriam “quando e onde fizesse sentido”.

A relação da Paramount com a Netflix antecede a chegada de Gianopoulos, quando a plataforma buscava aumentar seu catálogo adquirindo títulos do estúdio e também de outras majors. Quando o cenário mudou para a produção de conteúdo inédito, continuar a parceria foi o passo lógico. “Temos capacidade de produção maior do que os lançamentos em circuito exibidor pode acomodar”, ressalta Gianopoulos. “Mesmo que o cinema continue a ser nosso foco principal, aumentar a receita em parcerias com a Netflix, ou com a Amazon, abre possibilidades empolgantes. E é a evolução natural do tempo em que os estúdios faziam ‘filmes da semana’ para as redes de TV.”

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