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13 Setembro 2019 | Renata Vomero

Conferência nos EUA discute atualidade do cinema

Executivos da Paramount e Imax participaram de painéis no evento do Bank of America Merrill Lynch

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Richard Gelfond e Jim Gianopulos (Foto: Divulgação)

Nesta quarta-feira, 11 de setembro, aconteceu o Bank of America Merrill Lynch Communications & Entertainment Conference, em Los Angeles, nos EUA. A conferência tem por objetivo debater os caminhos da mídia, entretenimento e comunicação no mundo. Entre os painéis, um deles trouxe Rich Gelfond, CEO da Imax, e a diretora de entretenimento da companhia, Megan Colligan. A dupla conversou principalmente sobre a questão das janelas de exibição, que são uma grande polêmica ao redor do mundo.

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“Acho que é inevitável que a janelas se tornem mais curtas ao longo dos anos. Existem algumas discussões acontecendo a respeito. Em algum ponto, vamos chegar a um consenso”, afirmou o executivo da Imax.

Megan Colligan, que tem experiência na área de streaming, comentou sobre a questão: “A mudança é provavelmente inevitável. Todas os lados estão tentando descobrir qual é a mudança certa. A crença comum é que você não pode colocar a pasta de dente de volta no tubo”.

Além da questão das janelas, os executivos da Imax também discutiram alguns modelos possíveis para atrair mais pessoas aos cinemas e, com isso, ter uma maior receita. Entre as soluções possíveis, existe a criação de clubes de assinatura para o cinema, como os criados pela Regal e Cinemark, mas o destacado mesmo foi o criado pela AMC, o A-List, que já se aproxima do 1 milhão de assinantes. Também foi colocado em pauta a questão da criação do preço dinâmico para o cinema, o que é um debate bem polêmico entre os profissionais da indústria. Sobre isso, Gelfond comentou: “seria complicado devido à política do setor nos EUA, já que deveria ter de conversar muito com os estúdios e exibidores, além de ter de lidar com agentes e produtores de propriedades intelectuais, para que todos cheguem a um acordo sobre os preços”.

Também participou do evento, o grande executivo da indústria Jim Gianopulos, CEO da Paramount. Com anos de experiência, Gianopulos falou sobre a guerra entre os streamings e também sobre a suas polêmicas frente aos exibidores, inclusive, também sobre as janelas de exibição. “É possível que em algum momento eles reduzam a janela e obtenham o benefício da maior parte das receitas da transação em um período mais curto da oferta do DTC (Direct To Consumer)", comentou.

Quanto aos concorrentes, ele disse estar tranquilo com o posicionamento da Paramount em meio aos novos serviços. A empresa possui a plataforma de streaming Paramount+. “Nosso conteúdo é mais desejável, mais exclusivo e mais disponível que outros, e isso nos coloca em uma posição muito boa”. A Viacom e a Paramount devem continuar fazendo acordos com a Netflix, por exemplo.

Sobre a recente fusão entre a CBS e Viacom, que é dona da Paramount, ele acrescentou: “Sempre há mudanças, sempre há turbulências. E, nesse sentido, algumas das empresas menores podem precisar de abrigo contra a tempestade ou de apoio na distribuição ou apoio financeiro para explorar melhor sua propriedade intelectual”, finalizou.

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