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07 Dezembro 2020 | Renata Vomero

Distribuidoras nacionais e independentes se destacam na CCXP Worlds

Globo Filmes, Diamond e Galeria levaram seus lançamentos ao público

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(Foto: Reprodução)

Nem só de sucessos internacionais se faz uma CCXP e este ano foi mais do que uma prova disso. Sem grandes novidades entre os conteúdos estrangeiros, dado os desafios da pandemia, as empresas nacionais apresentaram as maiores novidades desta edição da convenção.  

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Globo Filmes

A companhia não deixou de apresentar painéis sobre seus aguardados Medida Provisória e Eduardo e Mônica (Downtown/Paris). Na sexta-feira (4), os atores Thais Araújo, Seu Jorge e o diretor estreante nos cinemas, Lázaro Ramos, falaram sobre Medida Provisória, que mistura comédia, thriller, drama, em uma nova linguagem, bastante inédita no Brasil. “Todos os nomes dos personagens têm referência a alguém da história negra”, explicou o diretor.  

O filme se passa em um Brasil do futuro, e o elenco comentou o quanto o longa projeta o que a comunidade negra gostaria que acontecesse hoje, com pessoas negras mais presentes em espaços de liderança, sem sofrerem violência, racismo ou serem estigmatizados e estereotipados.

“Temos um imaginário mais presente hoje, mas o quadro não está como a gente gostaria. O filme é um Brasil do futuro, estamos projetando mais a presença da gente, num futuro próspero vamos ver a diáspora mais presente em setores mais diversos”, finalizou Seu Jorge.

No sábado estiveram presentes Alice Braga, Gabriel Leone e o diretor René Sampaio para falar sobre o filme Eduardo e Mônica (Downtown/Paris), que dá vida à conhecida música do Legião Urbana. Em um painel descontraído, a equipe enalteceu o trabalho e importância da banda, que gerou um material rico ao audiovisual, que pode até virar uma trilogia, já que o diretor foi responsável pelo antecessor Faroeste Caboclo.

Dada a responsabilidade de viver este casal tão famoso na música, Gabriel e Alice conseguiram se ajudar a construir esses personagens e levaram muito deles para a tela. O resultado disso é um filme leve e verdadeiro, que, segundo Alice, é perfeito para o momento atual, já que “celebra a diferença, mostra o quanto a diferença uniu o casal ao invés de separar”.

A produção estava programada para chegar aos cinemas durante a pandemia e mesmo recebendo propostas boas para estrear no streaming, o diretor quis manter o lançamento no cinema. “O filme vai chegar grande para o público, ele foi feito para isso”, finalizou.

 

Diamond Films e Galeria Distribuidora

As duas distribuidoras se uniram para apresentar ao público o lançamento internacional As Agentes 355 e os mais do que aguardados A Menina Que Matou Os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais. Aliás, elas foram as únicas distribuidoras independentes a ter um painel próprio no evento.

O painel do filme das agentes contou com o elenco principal formado por Jessica Chastain, Penélope Cruz e Fan Bingbing. As três ressaltaram a importância de ter um filme de um universo tão masculino, protagonizado por mulheres.

“Gosto de contar histórias que mostram as nossas excepcionais versões, fazer esse filme celebra as mulheres que o fizeram e é importante tanto para mulheres de 13 anos e até mulheres mais velhas. Esse filme joga uma luz aos nossos heróis”, explica Jessica Chastain, que também produziu o longa.

Seu comentário foi complementado por Penélope Cruz: “Espero que todos assistam, é sobre mulheres, mulheres fortes e salvando o mundo. Estamos empolgados para mostrá-lo a vocês”.

Em seguida, entrou em cena a atriz Carla Diaz ao lado dos roteiristas Ilana Casoy e Raphael Montes. Os três comentaram o processo de A Menina Que Matou Os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais., que deveria ter chegado aos cinemas durante a pandemia.

Ilana Casoy é criminalista e trabalhou no caso, já Raphael Montes é um renomado escritor de terror, que apenas se debruçou sobre os autos do processo do caso Richthofen para escrever, se baseando em uma escrita mais técnica, mantendo as estruturas narrativas clássicas: tensão, quebra de expectativa, reviravolta e clímax.

Já para Carla Diaz, que vive Suzane von Richthofen, o processo foi o oposto, com ela analisando entrevistas e filmagens da criminosa, para entender seus trejeitos e reações.

Ilana finalizou a conversa dando um recado ao espectador: “Peço que as pessoas tenham cuidado em entender os filmes, porque são versões, então precisam entender o que pode ser verdade e o que pode ser mentira”.

"Como distribuidoras independentes, foi muito gratificante mostrar uma prévia da potência que ofereceremos aos cinemas brasileiros, e ficamos muito animados com a boa resposta do público aos nossos conteúdos", comenta Gabriel Gurman, CEO da Galeria Distribuidora e codiretor geral da Diamond Films Brasil.

Mauricio de Sousa Produções

Em um painel voltado às Graphic MSP e com presença do Mauricio de Sousa, foi apresentado logo no finzinho uma cena inédita de Turma da Mônica: Lições (Downtown/Paris), dirigido por Daniel Rezende e que chega aos cinemas em 2021.

Na cena, Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira) estão em apuros. Depois de se esquecerem de fazer o dever de casa, decidem fugir da escola, mas algo sai errado. 

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