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23 Novembro 2021 | Renata Vomero

Em evento com executivos e talentos brasileiros, Netflix revela planos para conteúdos nacionais

"Mais Brasil na Tela" aconteceu na manhã desta terça-feira (23)

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(Foto: Netflix)

A manhã desta terça-feira (23) foi marcada pelo evento Mais Brasil na Tela, organizado pela Netflix Brasil. O encontro teve duração de duas horas e contou com a presença de alguns dos talentos brasileiros da plataforma, bem como executivos de conteúdos nacionais apresentando os planos da empresa para o audiovisual nacional.



O evento foi comandado por Naruna Costa, atriz e cantora, que está em Irmandade, série da plataforma, inclusive, que teve nova temporada confirmada. Além dela, também foram anunciadas as continuações de Sintonia, Cidade Invisível, Bom Dia, Verônica, além do reality Casamento às Cegas, recentemente exibido pela plataforma.

“Os últimos 20 meses foram desafiadores para o mundo todo, o empenho de nossos parceiros foi fundamental para retomar no Brasil. Graças a essa dedicação conseguimos trazer conteúdo original mensalmente, trazendo mais Brasil na tela e vamos continuar fazendo isso.  Há muitos anos a Netflix reconhece a força do Brasil e se empenha em reforçar o audiovisual local. Aprendemos muito sobre o desejo de nossos consumidores desde que começamos a produzir aqui, consolidamos nossa estratégia de conteúdo para conectar com todas as pessoas do país”, reforçou Elisabetta Zenatti, vice-presidente de Conteúdo da Netflix para o Brasil.

Alguns talentos que se destacaram nestes últimos meses não poderiam faltar, como Leandro Hassum, que já tem a comédia Os Vizinhos programada para estrear em 2022 na plataforma. Seu último filme, Tudo Bem no Natal que Vem foi sucesso de visualizações, fazendo com que a Netflix já tenha na programação o próximo filme de Natal brasileiro: Um Natal Cheio de Graça, que retomará a comédia para a temática.

Mas não é só de comédia que a plataforma pretende alimentar os fãs do audiovisual nacional, embora o gênero tenha sempre um espaço especial nas telas. A intenção da Netflix Brasil agora é experimentar a criatividade brasileira chegando em diversos gêneros e estilos.

“Existe um apetite fora do Brasil pra o cinema brasileiro. Nos próximos anos vamos tentar explorar novos gêneros, experimentar mais em gêneros que o Brasil não tenha tanta tradição”, comentou Adrien Muselet, diretor de aquisição de conteúdos no Brasil.

Neste ponto, portanto, fica difícil não conectar com o começo de tudo: a série 3%, lançada há cinco anos. A produção foi o primeiro conteúdo original brasileiro da Netflix e tem como gênero justamente a ficção científica e a distopia, duas linguagens mais incomuns no nosso audiovisual. Sucesso de público no Brasil e no exterior, a série abriu portas para que todo um investimento acontecesse no país.

“A série comprovou a aposta da Netflix de que grandes histórias podem entrar em qualquer lugar para qualquer lugar”, ressaltou Haná Vaisman, diretora de conteúdos roteirizados do Brasil.

Neste sentido, foram anunciados novos títulos que prometem remexer com as audiências. São elas Carga Máxima, primeiro original de ação da Netflix; Biônicos, Depois de Um Universo e o bastante comentado nas redes: Todo Dia a Mesma Noite. Uma minissérie que narrará o trágico incêndio na Boate Kiss, em Santa Marta, em 2013.  

“Essas séries têm elementos culturais muito fortes, falam das nossas experiências comuns, essa representatividade tem um sabor diferente, o que a gente sente vendo essa produção brasileira é uma conexão única. A relevância dos temas trabalhados, são temas atuais e que fazem a gente pensar”, reforçou Haná.

E neste ponto, como já dissemos anteriormente, as comédias não poderiam ficar de fora. Tendo Leandro Hassum já adiantado seu lançamento, o humorista Rodrigo Sant’anna fez uma participação mais do que especial falando sobre seu próximo projeto: A Sogra que Te Pariu. Esta será a primeira sitcom com plateia da Netflix e trará Rodrigo interpretando a figura mais presente do imaginário popular brasileiro.

“A identificação com sogra é algo muito universal, não é nem brasileiro. Minha mãe é o perfil da sogra invasiva, que se mete na relação. Tenho uma história da qual me orgulho demais, vim de uma comunidade, morei no subúrbio, para mim representa demais estar aqui nesse momento. Percebi que era bacana para mim, rir das minhas dores e trabalhar na comédia”, afirmou o comediante.

Dentro do gênero haverá um investimento focado também em shows da stand-up comedy, algo tão forte no Brasil. Para os executivos, trazer esses talentos para a plataformas reforça a diversidade brasileira, já que cada um deles representa bem sua realidade, fazendo piadas com elas. Um dos destaques será o show de Whindersson Nunes.

Outro grande destaque está no âmbito das animações, entre eles e merecido, é a primeira série animada de O Menino Maluquinho, que trará o personagem de Ziraldo de volta ao público, prometendo conectar os fãs antigos das histórias, com um novo público. Ou seja, entretenimento para toda a família.

“No Brasil temos uma imensa sorte de termos histórias e personagens que já permeiam o coletivo imaginário das crianças e famílias e nosso trabalho é escolher as histórias que vão conectar com as audiências, para além das já conhecidas, também encontrar histórias inéditas. É um privilégio enorme trabalhar com um personagem que significa tanto para o Brasil. Como ele se conecta com as crianças de hoje e pensando no que significa ser o menino maluquinho hoje em dia”, destacou Daniela Vieira, gerente de conteúdos para crianças e família.

Entre tantas novidades, já são 40 projetos que devem ser desenvolvidos para o próximo ano. O foco dos executivos será sempre entregar uma maior variedade de conteúdos para que atenda a todas as audiências. Em pauta, sem dúvida, também está a questão da diversidade, algo imprescindível e que está na agenda da Netflix.

Inclusive, neste ano a empresa comemora o segunda ano do CoLABoratório Criativo, programa de imersão em narrativas seriadas, exclusivo para roteiristas afrodescentes. Até o momento, o projeto assistiu 28 contadores de histórias afro-brasileiros por meio do acesso ao treinamento intenso e masterclasses com os melhores roteiristas do Brasil e dos Estados Unidos.

“Temos também uma área que chama Grow que se dedica a trazer representatividade atrás das câmeras, é uma busca ativa, não estamos esperando que cheguem, vamos atrás, porque sabemos que é uma indústria jovem” e foi complementada por Daniela: “se for necessário, a gente espera surgirem esses talentos, mesmo que tenhamos que investir em capacitação. O que não dá é trabalhar com a exclusão”.

Finalizando o encontro, a Netflix divulgou o lançamento de um livro que contará a história justamente destes cinco anos em que vem trabalhando com conteúdos originais brasileiros e em contato direto com o público. A publicação será destinada aos profissionais da indústria, que estavam em peso no evento.

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