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15 Março 2022 | Renata Vomero

É Tudo Verdade divulga seleção de filmes e celebra retomada às salas de cinema

Evento acontecerá em formato híbrido entre 31 de março e 10 de abril

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"O Território" será a exibição do encerramento do festival (Foto: Divulgação)

O festival É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários comemora seu 27º ano de existência com a retomada ao presencial, ou em partes. O evento será realizado em formato híbrido entre os dias 31 de março e 10 de abril e trará ao público mais de 70 documentários.

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Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (15), foi divulgada a seleção dos filmes para esta edição. O encontro foi encabeçado por Amir Labaki, diretor do festival, e contou com a presença de Eduardo Saron, Rosana Cunha e Marcelo Rocha, representantes, respectivamente do Itaú Cultural, Sesc e Spcine, parceiros e apoiadores do evento.

A versão presencial do festival acontecerá em quatro salas de São Paulo entre 31 de março e 10 de abril e em duas salas do Rio de Janeiro entre 1 e 10 de abril. Já a versão online acontecerá em todos os dias do evento nas plataformas É Tudo Verdade Play, Itaú Cultural Play e Sesc Digital.

Desta forma, os organizadores celebram poderem voltar ao presencial, tendo em vista que a última coletiva “normal” do evento aconteceu um pouco antes da pandemia acontecer, fazendo com que este fosse o primeiro festival a ser impactado pela Covid-19, tendo sido realizado exclusivamente online deste então.

"É um privilégio o retorno progressivo do festival às salas de cinema, respeitados os protocolos sanitários ainda exigidos frente à pandemia ainda vigente, como passe vacinal, uso de máscaras e lotação limitada. O respeito prioritário à segurança sanitária de todos, do público assim como das equipes dos filmes, das instituições parceiras e do festival, impõe ainda um formato híbrido, de transição, para um programa com o grau de excelência tradicional do É Tudo Verdade”, afirmou Amir Labaki.

Com isso, ele anunciou os filmes selecionados, são eles 77 ao todo, entre curtas, médias e longas, exibidos gratuitamente, e que dão conta de histórias de realizadores de 34 países, número expressivo e que denota a preocupação do festival em ter pluralidade de olhares e narrativas, incluindo da Rússia.

“É absurdo o boicote à cultura russa, já disse em minha coluna o quanto vil é a guerra e o ataque à Ucrânia, mas uma coisa é o que um autocrata faz a outra é um boicote ao país e sua cultura. Muito feliz em ser o primeiro festival da América Latina a trazer o filme A História da Guerra Civil, de Dziga Vertov. Muito nos honra termos ampliado o escopo de nacionalidades. São 77 filmes de 34 países, muito importante trazer isso ainda mais em um festival que não é tão grande, somos relevantes, mas tradicionalmente não temos uma grade tão grande assim. Este ano está do tamanho dos festivais anteriores, mas aumentou o número de países”, reforçou.

Desta forma, o festival inaugura a sessãoo Clássicos É Tudo Verdade, em que traz documentários já icônicos, mas que marcam a preocupação do evento em prezar pela preservação do patrimônio audiovisual mundial, uma tendência que vem se repetindo pelos festivais internacionais e que se intensifica no Brasil pela recente crise da Cinemateca Brasileira.

Com isso, a sessãoo apresentará, além do documentário russo sobre a Guerra Civil no país entre 1918 e 1920, os filmes Chico Antônio - O Herói Com Caráter, de Eduardo Escorel; e É Tudo Verdade, de Orson Welles, Bill Krohn e Myron Meisel.  O tema também será pauta da 19a Conferência Internacional do Documentário.

Neste ano, o festival apresenta em salas, em São Paulo e no Rio de Janeiro, as sessões de Abertura e de Encerramento, as Mostras Competitivas de Longas/Médias-Metragens e de Curtas-Metragens Brasileiros, as estreias nacionais do ciclo informativo O Estado das Coisas, o Foco Latino-Americano, os Clássicos É Tudo Verdade e a Retrospectiva Ugo Giorgetti.

Em streaming, parte expressiva da programação será apresentada numa plataforma exclusiva, o É Tudo Verdade Play, que exibirá os filmes de Abertura e de Encerramento, as Competições de Longas e Médias-metragens Nacional e Internacional, o Foco Latino-Americano, Sessões Especiais, o Estado das Coisas, Clássicos É Tudo Verdade e Retrospectiva Ana Carolina. O Itaú Cultural Play exibirá com exclusividade on-line a Competição Brasileira de Curtas-Metragens. Já o site e a página do Youtube do Itaú Cultural transmitem a 19ª Conferência Internacional do Documentário.  O Sesc Digital apresentará com exclusividade a Competição Internacional de Curtas. 

O festival começa com novos trabalhos do documentarista britânico Mark Cousins, distinguido em 2020 com a edição inaugural do Prêmio de Inovação Narrativa da European Film Academy. Sua série “Women Make Film - Um Novo Road Movie Através do Cinema” foi exibida com exclusividade pelo É Tudo Verdade de 2020.

 

Em São Paulo, a sessão inaugural acontece para convidados no Espaço Itaú de Cinema – Augusta, no dia 31 de março, a partir das 20h, com A História do Olhar (The Story of Looking), premiado no Festival de Sevilha de 2021. Às 21h, o filme ficará disponível por 24 horas, para todo o país, na plataforma É Tudo Verdade Play, com o limite de 1500 visionamentos.

 

A edição do Rio de Janeiro começa no dia 01 de abril, exibindo A História do Cinema: Uma Nova Geração (The Story of Film: A New Generation). O evento acontece no Espaço Itaú de Cinema Botafogo, à partir das 20h. O filme ficará disponível, em território nacional, para ser assistido a partir das 21h na plataforma É Tudo Verdade Play, disponível por 24 horas, com o limite de 1500 visionamentos.

 

No encerramento do Festival, será exibido o longa O Território (The Territory), dirigido pelo norte-americano Alex Pritz, uma coprodução entre Brasil, Dinamarca e EUA. Premiado no Festival de Sundance deste ano, o documentário acompanha um jovem líder indígena brasileiro que luta contra fazendeiros que ocupam uma área protegida da Floresta Amazônica.  

 

A sessão acontece no dia 10 de abril (domingo), a partir das 20h, nas salas Espaço Itaú de Cinema – Augusta (SP) e Espaço Itaú de Cinema Botafogo (RJ); e, às 21h estará disponível para streaming na plataforma É Tudo Verdade Play.

 

Ana Carolina e Ugo Giorgetti serão os homenageados desta edição, que ainda contará com a presença dos cineastas em mesas e masterclasses, parte integrante do festival, junto a debates, conferências e outras atividades. Se soma a isso ainda uma sessão surpresa que acontecerá no sábado, dia 9, às 20h.

Os filmes vencedores dos prêmios dos júris nas Competições Brasileiras e Internacionais de Longas/ Médias-Metragens e de curtas-metragens estarão automaticamente classificados para apreciação à disputa pelo Oscar® do ano que vem. A cerimônia de premiação acontece às 18h, do domingo 10 de abril, no Espaço Itaú de Cinema, em São Paulo.

A 27ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários conta com patrocínio do ITAÚ, parceria do SESC-SP e com o apoio cultural da SPCINE, RIOFILME e ITAÚ CULTURAL. Realização: Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo do Governo Federal.

LONGAS E MÉDIAS-METRAGENS BRASILEIROS EM COMPETIÇÃO:

Sete produções nacionais serão exibidas em sessões presenciais (SP e RJ), às 20h, e, na plataforma É Tudo Verdade Play, no mesmo dia da sessão em cinemas, às 21h, com reprise no dia seguinte, às 13h. Depois dessa exibição, as equipes do filmes participam de um debate, às 15h, transmitido pelo YouTube do É Tudo Verdade. 

 

Adeus, Capitão

Direção: Vincent Carelli e Tita

Brasil, 175', 2022

Sinopse: O “capitão” Krohokrenhum, líder do povo indígena Gavião (PA), que morreu em 2016, conta para suas filhas e netas as guerras internas entre grupos de seu povo até a transferência dos sobreviventes para a gleba Mãe Maria. Estreia Mundial.

 

Belchior - Apenas um Coração Selvagem

Brasil, 90', 2022

Direção: Camilo Cavalcanti e Natália Dias

Sinopse: Antonio Carlos Belchior Fontenelle Fernandes (1946-2017) é revelado em um autorretrato que mergulha no coração selvagem do poeta, cantor e compositor de Sobral (CE). Estreia Mundial.

 

Eneida

Direção: Heloisa Passos

Brasil, 79', 2021

Sinopse: Eneida, 83 anos, com ajuda de sua filha do meio, a cineasta Heloisa Passos, busca a filha primogênita, que não vê há mais de duas décadas. Estreia Mundial.

 

Pele

Direção: Marcos Pimentel

Brasil, 75', 2021

Sinopse: Grafites, pichações, símbolos indecifráveis, palavras de ordem e declarações de amor revelam desejos, medos, fantasias e devaneios. Estreia Mundial.

 

Quando Falta O Ar

Direção: Ana Petta, Helena Petta

Brasil, 85', 2021

Sinopse: O documentário aborda a pandemia com foco no cuidado, revelando a face humana da luta coletiva contra a Covid-19. Estreia Mundial.

 

Rubens Gerchman: O Rei do Mau Gosto

Direção: Pedro Rossi

Brasil, 76', 2022

Sinopse: O documentário retrata Rubens Gerchman (1942-2008) e sua arte que, com cenas urbanas e do cotidiano, fazem da precariedade brasileira um valor. Estreia Mundial.

 

Sinfonia de Um Homem Comum

Direção: José Joffily

Brasil, 82', 2022

Sinopse: O tema do documentário é a trajetória de José Bustani, o primeiro diretor-geral da Organização de Proibição de Armas Químicas, e passou a sofrer pressão dos EUA par se demitir depois do 11 de Setembro. Estreia Mundial.

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