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10 Agosto 2023 | Redação Exibidor

Disney aumenta suas receitas em 4% no trimestre e vai limitar o compartilhamento de senhas no streaming

Empresa conseguiu reduzir suas perdas com o serviço de streaming pela metade e obteve uma receita total de US$ 22,3 bilhões em todo o conglomerado

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Divulgação (Foto: )

A The Walt Disney Company divulgou os resultados de seu terceiro trimestre referente ao ano fiscal de 2023, que abrange o período entre abril e junho. Apesar de registrar uma receita total de US$ 22,3 bilhões, um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, a empresa viu seu número de assinantes no streaming oscilar e também anunciou que deve agir para evitar o compartilhamento de senhas no serviço. As informações são do Variety, Deadline e The Hollywood Reporter.

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A receita total ficou pouco abaixo das projeções de Wall Street, que previa um valor de US$ 22,5 bilhões mas, apesar de ter aumentado o valor 4%, a Disney viu sua receita operacional sofrer uma queda de 6% e fechar o trimestre em US$ 3,6 bilhões.

Em relação ao streaming, a Disney viu seu número total de assinantes cair mais de 10 milhões. Globalmente o Disney+ fechou o mês de junho com um total de 146,1 milhões de assinantes, abaixo dos 157,8 milhões do trimestre anterior. A grande responsável pela queda foi a plataforma Disney+ Hotstar, voltada para o mercado asiático, onde a empresa viu um êxodo de 12,5 milhões de assinantes na Índia. Essa perda se deve sobretudo a decisão da Disney de não renovar os direitos de transmissão do campeonato nacional de críquete da Índia.

Nos Estados e no Canadá, especificamente, o Disney+ perdeu 300 mil assinantes, enquanto o Hulu, streaming indisponível no Brasil, ganhou quase o mesmo número de assinantes na região. Apesar da diminuição no número total de assinantes, as perdas com o serviço de streaming caíram para US$ 512 milhões no trimestre, ante US$ 1,06 bilhão no mesmo período do ano anterior. A expectativa da companhia é chegar em uma economia de custos de até US$ 5,5 bilhões e os resultados foram comemorados pelo CEO Bob Iger. Excluindo os assinantes da Disney+ Hotstar, a Disney+ ganhou 800 mil novos assinantes globalmente.

"Nossos resultados neste trimestre refletem o que conquistamos por meio da campanha sem precedentes e transformações que estamos realizando na Disney para reestruturar a empresa, melhorar a eficiência e restaurar a criatividade para o centro de nossos negócios. Nos oito meses desde meu retorno, essas mudanças importantes estão criando uma abordagem mais econômica, coordenada e simplificada para nossas operações, que nos colocou no caminho certo para exceder nossa meta inicial de US$ 5,5 bilhões em economia, além de melhorar nossa receita direta operacional para o consumidor em cerca de US$ 1 bilhão em apenas três trimestres. Embora ainda haja mais a fazer, estou incrivelmente confiante na trajetória de longo prazo da Disney por causa do trabalho que fizemos, da equipe que temos agora e por causa da base central da Disney de excelência criativa e marcas e franquias populares", disse durante a conferência em que apresentou os resultados do trimestre.

Mas, apesar de conseguir reduzir as perdas no streaming, a companhia anunciou novas medidas para o serviço. A assinatura sem anúncios custará US$ 13,99 a partir de 12 outubro e representará o segundo aumento em menos de um ano. Em dezembro, a Disney aumentou o preço da categoria sem anúncios de US$ 7, para US$ 10,99. "Aumentamos os preços em quase 50 países ao redor do mundo para refletir melhor o valor de nossas ofertas de produtos, e o impacto na rotatividade e na retenção superou nossas expectativas", disse Iger.

Além disso, o CEO também anunciou que a empresa deve pegar uma carona na nova política da Netflix e coibir o compartilhamento de senhas. A intenção é converter usuários que emprestam senhas em clientes pagantes. A forma como a nova política será implementada, entretanto, não foi revelada.

"Estamos explorando ativamente maneiras de abordar o compartilhamento de contas e as melhores opções para assinantes pagantes compartilharem suas contas com amigos e familiares. Faremos acordos com termos adicionais em nossas políticas de compartilhamento e implementaremos táticas para impulsionar a monetização em algum momento de 2024", destacou.

Em relação aos estúdios de cinema, Iger disse que “estamos focados em melhorar a qualidade de nossos filmes e em melhorar a economia, não apenas reduzindo o número de títulos que lançamos, mas também o custo por título. Estamos maximizando o impacto total de nossos títulos, adotando as várias janelas de distribuição à nossa disposição, permitindo que os consumidores acessem seu conteúdo de várias maneiras", dando um sinal de que alguns lançamentos podem acontecer no streaming, e não nos cinemas. Devido às greves de atores e roteiristas em Hollywood, a Disney também espera que seu gasto total com a divisão de cinema seja de US$ 27 bilhões em 2023, cerca de US$ 3 bilhões abaixo das projeções iniciais para o ano. Na divisão, o filme que melhor performou no trimestre foi Guardiões da Galáxia: Volume 3, com um bilheteria global de US$ 845,43 milhões.

O grande sucesso do trimestre foi o segmento de Parques, Experiências e Produtos, com um aumento de 13% nas receitas, chegando a US$ 8,3 bilhões. O número positivo reflete um crescimento em seus parques internacionais como Shanghai Disney Resort e Hong Kong Disneyland Resort, uma vez que seu carro chefe, o Disney World Resort, na Flórida, está em declínio. "O aumento no Shanghai Disney Resort foi devido ao parque estar aberto durante todo o trimestre atual, em comparação com 3 dias no trimestre do ano anterior, como resultado de fechamentos relacionados ao Covid-19", finalizou Iger.

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