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30 Setembro 2015 | Marcelo J. L. Lima

Quem sai ganhando com a compra da Ingresso.com?

Notícia causa “burburinho” no mercado

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(Foto: Ingresso.com | Fandango)

Após a divulgação da venda da Ingresso.com para a Fandango, o mercado começou a especular uma série de indagações, entre elas: afinal, quem sai ganhando com isso?

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Muitos questionaram até em que medida isso afetaria o mercado e se seria benéfico. Pois bem, a Ingresso.com pertence atualmente a um grupo muito ligado ao varejo com marcas de destaque como a Americanas.com, Submarino, Shoptime e SouBarato. Todas elas bem-sucedidas com números expressivos, porém sem qualquer ligação direta com prestação de serviço e muito menos com venda de ingressos.

Hoje, a Ingresso.com mantém parceria de venda online de ingressos com grandes grupos exibidores: Cinematográfica Araújo, Cinemark, Cinépolis, Cinesystem, Kinoplex e UCI. Além do cinema, conta com parcerias com teatros, museus e parques totalizando mais de 1.500 pontos de venda.

Todo esse potencial precisa de atenção especial e de uma empresa gestora que realmente entenda do negócio e que tenha em seu DNA o cinema como fio condutor. Afinal, teatro e eventos são temporários, mas o cinema é recorrente e funciona todos os dias.

Assim, todos saem ganhando com a negociação, a própria Ingresso.com, que receberá mais investimentos e poderá prestar um serviço de melhor qualidade, e os exibidores que receberão o exemplo bem-sucedido internacional de atuação da Fandango, que comercializa ingressos para 26 mil telas, além de ter em seu aplicativo mais de 46 milhões de downloads, um bom precedente para o mercado brasileiro. Espera-se também que a polarização do uso de software em detrimento de estar presente ao site da Ingresso.com acabe e que a nova administração – que continuará presidida por Mauro Gonzales – inicie um processo de vender ingressos a partir de qualquer software, sendo ele da Ingresso.com ou não.

Uma empresa do porte da Fandango tem experiência consolidada e entende dos problemas e necessidades do mercado, além de estar com vontade para investir e fazer com que a empresa cresça e se solidifique em território nacional. Espera-se que todos saiam ganhando e que o mercado exibidor saiba se adaptar às mudanças necessárias para continuar crescendo, sem comodismo, mas com vontade e sem medo de experimentar sempre o novo.

Aproveito para ressaltar que, assim como noticiado no Portal Exibidor, a negociação ainda está sujeita ao cumprimento de determinadas regras, pois, por fazer parte de um grupo que está na bolsa de valores, o certo é dizer que há uma intenção de compra da Fandango que precisará de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para efetivar a compra. Embora o negócio esteja 99,9% realizado, essa informação não foi veiculada pela grande imprensa.

Leia a nota oficial da B2W sobre a venda.

*Marcelo J. L. Lima é CEO da Tonks e da Expocine, bem como diretor do Portal Exibidor.

*Este é um artigo pessoal e reflete, portanto, unicamente a opinião de seu autor e não o posicionamento do Portal Exibidor.

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