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16 Agosto 2017 | Vanessa Vieira

Plataforma de vídeo sob demanda quer contribuir com o mercado de cinema nacional

Novidade foi lançada em julho e promete ter 1.000 títulos até o fim do ano

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(Foto: Snapcine)

Os serviços de vídeo sob demanda são um assunto que o mercado de exibição cada vez mais tem encontrado na imprensa e confrontado no setor de entretenimento, com direito à expectativa de redução da pirataria e à polêmica sobre janela de lançamento.

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No entanto, lançada em meados de julho, a plataforma Snapcine promete ser uma aliada do mercado de cinema. “Ela surge de uma demanda recorrente no Brasil de ampliar a distribuição de conteúdo audiovisual além do circuito de festivais e da rede de exibição em salas de cinema”, explica Philipe Ribeiro, fundador do serviço e produtor da Casa de Bits, em entrevista ao Portal Exibidor.

Segundo Ribeiro, a empresa desenvolve soluções para internet há 20 anos e produz conteúdo audiovisual há 10, sendo essa expertise a responsável por permitir a criação de uma plataforma diferenciada com foco 100% em produções nacionais. Além disso, o Snapcine também foi pensado para atender à demanda de levar as obras da própria companhia para novos públicos.

Conteúdo como diferencial

O produtor conta que a maioria do atual acervo da plataforma, cerca de 100 títulos, tem acesso gratuito, sendo monetizado por meio de publicidade, cuja receita é dividida igualmente entre o Snapcine e a distribuidora ou produtora do conteúdo. Sendo que o próprio acervo é um diferencial do produto, já que nele estão inclusas obras cinematográficas e televisivas nacionais, de todas as épocas e de todas as durações, tendo curtas, médias e longas-metragens.

“Acreditamos que as produtoras nacionais produzem filmes e séries incríveis e que o mercado tradicional não tem, ainda, condições de apresentar ao grande público. Concentramos nossa atenção em filmes autorais e comerciais que tiveram circulação reduzida”, comenta. Para ele, os blockbusters nacionais também podem ter espaço na plataforma, mas por enquanto o foco será de produções que “ainda não tiveram a atenção do grande público”.

Ribeiro afirma que, no caso de lançamentos, os conteúdos têm preços acessíveis, sendo R$ 1,99 por filme e R$ 3,99 por temporada de série. “Queremos fortalecer o acesso à produção nacional. Definimos esses valores a partir do preço médio de uma passagem de ônibus”. A inspiração, segundo ele, vem dos cinemas populares antigos, cujo ingresso custava o mesmo que uma passagem de ônibus, sendo que esses espaços estavam espalhados pelas periferias e cidades do interior.

Quanto à janela de lançamento, o produtor declara trabalhar com os títulos comercialmente exibidos em 2016. Neste mês de agosto iniciam as negociações de obras deste ano, incluindo longas que saíram há pouco tempo do cinema. Por ora os títulos não podem ser revelados.

Estratégia de negócios

Lançar o Snapcine com apenas 100 títulos foi uma decisão estratégica, de acordo com o produtor. Isso porque, dessa maneira, a divulgação de cada obra pôde ser planejada. Agora, a partir deste mês, a plataforma passa a oferecer gradualmente mais conteúdos, com a meta de chegar a 1.000 títulos até o fim de 2017. Entre os longas presentes no acervo hoje estão o documentário Sobre Futebol e Barreiras e o romance Unidos pelo Coração.

“Estamos trazendo para o mercado um serviço inovador que tem como foco o cinema nacional. Por trabalharmos concentrados no cinema brasileiro – da forma mais ampla – é que torna possível experimentar modelos de conteúdo e monetização inovadores em vez de reproduzir o que já está estabelecido pelo mercado”, declara. Ribeiro explica que essa maior liberdade de atuação permite que o Snapcine possa trabalhar cada título com uma estratégia de lançamento mais personalizada. Como muitas obras não têm distribuidora, a plataforma por vezes também negocia diretamente com produtoras.

Acesse a plataforma. O aplicativo pode ser baixado na Google Play e os usuários podem assistir a todo o conteúdo online em smartphones, tablets, PCs, smart TVs e TVs com dispositivo chromecast.

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