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03 Janeiro 2018 | Fernanda Mendes

Bilheteria mundial de 2017 registra recorde, mas EUA tem queda de 15% em espectadores

Outros países como França e China também divulgaram o balanço de 2017

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*Imagem Meramente Ilustrativa (Foto: Shutter Stock)

A bilheteria de 2017 mundial fechou com a maior renda de todos os tempos já registrada: foram US$ 39,9 bilhões. O número é cerca de 3% maior que 2016. “A experiência da tela grande foi reforçada por um catálogo único e promissor em 2017, que proporcionou um nível elevado de entusiasmo nos espectadores que compareceram às salas de cinema no mundo todo”, afirmou Paul Dergarabedian, analista sênior da comScore.



Deste número, US$ 28,8 bilhões vieram dos territórios internacionais e US$ 11,1 bilhões vieram dos EUA, algo que não anima muito o mercado norte-americano, já que é uma renda cerca de 2,3% menor que em 2016. Aliás, outra baixa foi no número de ingressos nos EUA, que caiu 15%, indo para 1,2 bilhão de tickets.

Segundo análise do jornal El País, apesar do número de ingressos no país ser o pior desde 1993, no fim a diferença de renda foi mínima porque o preço médio das entradas aumentou US$ 0,3. Também é válido ressaltar que a temporada de verão norte-americana (que é tradicionalmente a mais rentável nas bilheterias), fechou com queda de 15% na receita em relação a 2016.

Assim, a bilheteria internacional foi a grande responsável pelo registro recorde na bilheteria mundial de 2017. Os filmes que mais renderam foram A Bela e A Fera (US$ 1,26 bilhão), Velozes & Furiosos 8 (US$ 1,23 bilhão), Star Wars: Os Últimos Jedi (US$ 1 bilhão), Meu Malvado Favorito 3 (US$ 1 bilhão) e Homem-Aranha: De Volta Ao Lar (US$ 880 milhões).

Bilheterias internacionais

Além da análise da renda mundial, muitos países também soltaram seus balanços de bilheteria. A França, por exemplo, registrou o seu terceiro maior número em 50 anos. Foram 209,2 milhões de ingressos e US$ 1,6 bilhões de renda. Aliás, o país teve o maior número de ingressos da Europa em 2017.

Dentre os filmes mais vistos estão Meu Malvado Favorito 3 e Star Wars: Os Últimos Jedi. Apesar disso, os espectadores para longas americanos caíram em 8,6%. Entre os títulos franceses, os mais vendidos foram Valerian e A Cidades Dos Mil Planetas, Raid Dingue e Alibi.com. Os dois últimos arrecadaram mais de US$ 25 milhões cada.

Dentre os seis maiores territórios em vendas de ingressos no mundo, a Coreia do Sul ficou empatada com a França. O país registrou 220 milhões de ingressos vendidos em 2017, um aumento de 3 milhões em comparação a 2016. Na receita foram US$ 1,4 bilhões. No mercado doméstico, os filmes tiveram market share de 52%, sendo que dois títulos, A Taxi Driver e Along With The Gods, passaram de 10 milhões de entradas cada.

A Finlândia também registrou um balanço positivo em 2017. Segundo a Finnish Film Foundation foram 9 milhões de entradas, algo que não era registrado desde 1983. As vendas arrecadaram US$ 100 milhões, um crescimento de 9% em relação a 2016. Dentre os registros, outra novidade empolga o país: foram 2,4 milhões de ingressos vendidos para filmes domésticos (no total 39 lançamentos), dando um market share de 27%. Marca que não era alcançada há seis anos.

Entre os territórios que registraram baixa, a Espanha totalizou renda de US$ 597 milhões, 0,7% a menos que em 2016. Apesar disso, o número empolga o mercado local já que mesmo assim foi uma das melhores cifras após a crise que o país passou em 2013. O total de espectadores foi de 99,7 milhões, apenas 0,5% a menos que em 2016. “Mesmo sem os títulos promissores de 2016, os resultados continuaram positivos”, disse David Rodríguez, diretor da comScore Espanha.

Na China, o crescimento da bilheteria foi de 14% (30% se calculado em dólares). Em 2017, o país asiático arrecadou RMB 55,9 bilhões (US$ 8,6 bilhões de acordo com o câmbio atual). Já Hong Kong, província independente da China, não tem muito o que comemorar. Pelo segundo ano consecutivo a bilheteria caiu (cerca de 4,8%) para US$ 237 milhões. O total de filmes lançados no país também caiu em 5%, indo de 349 em 2016 para 331 em 2017. Desses, 53 títulos foram de Hong Kong, uma baixa de 15%, sendo que o market share para longas locais caiu 13%, e nenhum filme chinês entrou no top 10.

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