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30 Janeiro 2018 | Vanessa Vieira

Parque exibidor brasileiro passa marca de 3.200 salas em 2017

Segundo informe da ANCINE, o circuito nacional fechou o ano com 52 telas a mais do que no período anterior

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Imagem meramente ilustrativa (Foto: Shutterstock)

A ANCINE divulgou nesta segunda-feira (29) o Segmento de Salas de Exibição – Informe Anual Preliminar 2017. Os dados do documento abordam os setores de exibição, produção e distribuição cinematográficas. Espera-se que a agência lance o relatório consolidado em meados deste ano.

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Entre as informações do informe, vale destacar o mercado exibidor, que fechou 2017 com 52 telas a mais do que no ano anterior, passando da marca de 3.200 salas, ficando com total de 3.220 – todas digitalizadas. O número está apenas 56 telas abaixo do recorde dos anos de 1970.

As inaugurações de cinemas contribuíram para a nova marca com 35 novos complexos, totalizando 107 novas salas. Destaque para a abertura da unidade da Cinesystem em São Paulo (SP) que foi o cinema com maior número de salas a ser inaugurado no ano passado, com nove telas. O Sudeste, inclusive, recebeu 28,8% das aberturas, com o Nordeste e o Sul recebendo 27% cada, o Norte com 12% e o Centro-Oeste com 4,8%. Vale apontar ainda que, no Nordeste e no Sul, a maioria dos novos cinemas foram abertos em cidades de pequeno porte, com até 100 mil habitantes.

As reaberturas foram três em 2017, sendo que 36 telas foram fechadas temporariamente ou de maneira definitiva durante o ano. Apenas 10 cinemas foram ampliados segundo o documento, em 2016 37,5% mais complexos passaram por ampliação. Dos cinemas brasileiros, somente os complexos com uma, duas e cinco salas concentram mais de 100 telas, sendo que existem apenas cinco unidades com 13 ou mais salas.

Entre as empresas exibidoras, o top 5 em número de telas conta com  Cinemark (617), Cinépolis (369), Kinoplex (202), Cine Araújo (150) e Cinesystem (146).

Público cai, renda bate recorde

Em 2017, o parque exibidor vendeu 181 milhões de ingressos, um número que é 1,7% menor do que o público total de 2016. Em termos de receita, a bilheteria brasileira somou o número recorde de R$ 2,7 bilhões, mais de R$ 100 milhões a mais do que no ano anterior, representando uma alta de 4,5%. O preço médio do ingresso (PMI) também teve alta de 6,3% no geral, ficando em R$ 15,00, porém os filmes nacionais registraram um PMI 16% maior enquanto os internacionais tiveram uma alta pequena, de 4%.

Recorde de títulos nacionais e mais renda para estrangeiros

Ao todo, 2017 teve 460 títulos lançados na telona, sendo 158 brasileiros, batendo o recorde histórico de estreias nacionais, e 302 internacionais, 14 produções a menos do que em 2016 que mesmo assim venderam 10 milhões de entradas a mais do que no período anterior. Apesar do recorde em produção nacional, os filmes brasileiros reduziram quase pela metade sua participação do público (9,6%) e da renda (8,9%) no ano.

Isso se deve aos poucos títulos com grande público, tanto que apenas a comédia Minha Mãe É uma Peça 2 (lançado no fim de 2016, Downtown/Paris) entrou no Top 20 de bilheteria de 2017, com 5,2 milhões de ingressos vendidos. Além deste longa, apenas três outros filmes passaram do 1 milhão de espectadores, sendo todos também da Downtown Filmes e Paris Filmes. Vale lembrar que em 2016 houve o lançamento de Os Dez Mandamentos – O Filme (Downtown/Paris), que sozinho vendeu mais de 11 milhões de ingressos. Assim, a queda de público para filmes nacionais foi de 42%.

O longa com maior público em 2017 foi Meu Malvado Favorito 3 (Universal), com 8,9 milhões de espectadores, enquanto o filme com maior renda foi Velozes & Furiosos 8 (Universal) com R$ 133 milhões. Fecham o Top 5 de bilheteria Liga da Justiça (Warner), A Bela e a Fera (Disney) e Mulher-Maravilha (Warner).

Market Share das distribuidoras

A maior participação na renda da bilheteria brasileira foi da Disney, com 19,1%. Em seguida vêm a Universal com 18,2%, a Warner Bros. com 17,3%, a Fox Film com 10,8% e a Sony com 9,3%. A Paris Filmes aparece sozinha com 8,2%, no entanto, se somadas as participações da distribuidora e da parceria Downtown/Paris, a empresa sobe para a quarta posição com 14,9% da renda.

A Downtown Filmes e a Paris Filmes, inclusive, mantiveram sua posição como principais distribuidoras de filmes nacionais, ficando com 75,7% da renda desses títulos. Depois dessas empresas, vêm a Imagem Filmes com 4,7%, a Warner com 4,6%, a H2O Films com 3,7% e a Vitrine Filmes com 2,9%. As distribuidoras brasileiras permaneceram também como as que mais lançam filmes nacionais, com 95,8% das obras de 2017. Das 158 estreias brasileiras, 75,9% saíram de produtoras do Eixo Rio-São Paulo e apenas 15% foram dirigidas por mulheres.

Veja como foi o relatório da ANCINE em 2016 e leia o informe de 2017 na íntegra.

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