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27 Março 2019 | Renata Vomero

Imovision lança produção nacional que debate as relações amorosas

"Happy Hour" contou com campanha de divulgação com a especialista no assunto, Regina Navarro

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(Foto: Imovision)

Happy Hour – Verdades e Consequências (Imovision) conta a história de Horácio, um argentino que vive no Brasil e vê sua vida mudar depois de um acidente de carro que o coloca como o herói do Rio de Janeiro. Casado com a deputada Vera, ele sente vontade, pela primeira vez, de ceder aos seus impulsos sexuais, então, decide propor à esposa uma nova maneira de levar o relacionamento. Claro que a verdade que ele coloca na mesa chacoalha o mundo de Vera, que precisa manter a boa imagem de seu casamento na vida pública, mas acaba por levá-la – e também ao público – a refletir sobre as relações humanas num geral. “A história parte de uma premissa dialética que é: qual seria o custo de dizer a verdade na vida privada e na vida pública? É uma comédia estruturada como clássica. Quando escrevi era um outro momento do mundo. Na época o título Happy Hour era uma espécie de afirmação, hoje entendo que é uma pergunta. Fomos invadidos pela farsa, né? Em algum momento durante a realização desse filme, não sei dizer quando, a verdade morreu. De alguma maneira isso deixa o filme um pouco mais triste”, revelou o diretor Eduardo Albergaria, que escreveu a história no fim dos anos 1990 em formato de peça teatral.

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O filme, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (28) e tem co-produção entre Brasil e Argentina, demorou seis anos para ser realizado e já foi apresentado em alguns festivais antes de chegar ao circuito comercial, então, ele agora vem carregado de novas expectativas por parte do diretor. “É um filme que é como a vida. Algumas pessoas podem argumentar que isso é uma lacuna, mas entendo que é uma lacuna que espelha a vida. Portanto, quero crer que essas reflexões é o que podem deixar esse filme perene, longevo. A gente chegou num longa que faz um convite ao diálogo com todo mundo e a minha curiosidade é como as reflexões todas que estão ali enquadradas vão ecoar nas pessoas.”

Além de discutir os limites da verdade e as suas consequências, a produção também faz um grande questionamento acerca do amor, que ali é exposto da maneira mais honesta possível. “Não fala de um amor romântico pura e simplesmente, mas não nega ele fazer parte dessa equação da vida. Fala muito de como gerir esse ideal do amor romântico. Partindo do pressuposto que é um filme para adultos, por que não colocar na mesa esse desejo e falar sobre ele? Não é uma atitude mais saudável? Será que não é um amor mais generoso? Isso precisa ser discutido, para que não vire uma doença”, sugere o diretor. Aliás, parte da campanha de divulgação do longa foi baseada nessa premissa, contando inclusive, com a especialista Regina Navarro como madrinha. O nome dado a esta ação de divulgação foi “Happy Hour – Verdades e Consequências convida o público para abrir espaço ao desejo”.

O longa que será distribuído pela Imovision em circuito nacional, também é motivo de felicidade para o diretor, que comenta sobre a realidade atual que tem o streaming como foco das discussões. “O fato de você ter uma experiência coletiva no cinema, poder sentir e acompanhar uma história junto com outras pessoas é fundamental. Acho uma perda tremenda e acredito que o cinema não vai acabar justamente por isso. Por que está no core. A gente vai se sentir sozinho e vai querer voltar a compartilhar experiências. É diferente ver um filme com um grupo de pessoas que são desconhecidos e que de súbito se tornam não tão desconhecidas assim porque elas agem como você. É inevitável que o cinema resista, porque ele atende uma questão que o streaming não dá conta. O filme foi feito para cinema, tudo nele foi feito para isso. Estou feliz e aliviado que ele esteja nesta janela de exibição”, finaliza.

Happy Hour – Verdades e Consequências (Imovision) tem elenco formado por Letícia Sabatella, Pablo Echarri, Luciano Cáceres, Juliana Carneiro da Cunha, Chico Díaz, Aline Jones e Pablo Moraes.

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