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23 Setembro 2019 | Thais Lemos

Bob Iger fala sobre os principais acontecimentos da Disney durante sua gestão

Em entrevista ao The New York Times, o empresário falou sobre as aquisições da empresa

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(Foto: Deadline)

Prestes a lançar o livro The Ride of A Lifetime: Lessons Learned from 15 Years as CEO of the Walt Disney Company (“O Passeio de Uma Vida: Lições Aprendidas em 15 Anos como CEO da Walt Disney Company”, em tradução livre), Bob Iger deu uma entrevista para o The New York Times, falando sobre sua trajetória na empresa e sobre os acontecimentos da companhia durante sua gestão.

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“Eu nunca me vi como excepcional. Quando eu fui para a ABC Sports, todo mundo era [formado] em Stanford, Dartmouth ou Columbia. Eu não tinha complexo de inferioridade, mas eu sabia que eu não era um deles”, declarou Iger sobre o início de sua carreira, afirmando que sempre acreditou no trabalho duro antes de qualquer outra coisa.

O profissional revelará detalhes sobre os grandes acordos da Walt Disney Company sob sua gestão em seu livro, como por exemplo, como convenceu Steve Jobs para a compra da Pixar, como conquistou Ike Pelmutter, antigo CEO da Marvel Entertainment para adquirir a Marvel, e como convenceu George Lucas a vender o universo de Star Wars a um preço mais baixo do que foi pago pela Pixar.

“Rupert [Murdoch, acionista majoritário da News Corporation, conglomerado de mídia da qual faz parte o grupo Fox] estava louco por termos comprado a LucasFilms. Eles eram os distribuidores de todos os filmes de George e ficou muito decepcionado com sua equipe, questionando por que não pensaram nisso antes”, disse Iger.

Sobre a compra da Fox, que foi concretizada no início deste ano, o empresário declarou que as operações do estúdio enfrentavam problemas antes do acordo com a Disney, que se refletiram no momento do abandono dos ativos da Fox em Wall Street, revelando que a empresa estava em pior estado do que ele pensava. “A razão pela qual eu não acreditava que era algo com que devíamos nos preocupar, é porque é um problema de curto prazo. Com os talentos que temos em nosso estúdio, estou convencido de que a reviravolta pode acontecer”.

A aquisição do novo estúdio também poderá afetar a franquia de Star Wars. Iger declarou que os recursos de narrativas são infinitos por conta dos talentos na empresa. “Agora é melhor do que nunca, em parte por conta do afluxo de pessoas da Fox”, completou. No entanto, ele admitiu que muita informação foi colocada no mercado de uma só vez, o que refletiu na má performance de Han Solo: Uma História Star Wars, lançado em maio de 2018, que acumulou US$ 392 milhões mundialmente, menos da metade que o seu antecessor, Star Wars: O Último Jedi, que estreou em dezembro de 2017 e obteve uma renda e US$ 1,3 bilhão globalmente.

Streaming

Bob Iger também se posicionou sobre as novas plataformas de streaming, que vem ganhando cada vez mais espaço no cenário audiovisual atual. “O que a Netflix está fazendo é criar conteúdo para sustentar uma plataforma. Estamos criando conteúdo para contar ótimas histórias. É muito diferente”, afirmou.

O empresário disse que se Steve Jobs ainda estivesse vivo, a Apple e a Disney poderiam ter se fundido. No entanto, depois que o preço de US$ 6,99 mensais da Disney +, nova plataforma de streaming da empresa, foi divulgado, a Apple anunciou que a sua plataforma de conteúdo custaria US$ 4,99 por mês. Iger, que fazia parte do conselho da Apple, renunciou seu cargo no mesmo dia do anúncio da gigante da tecnologia, reconhecendo o conflito de interesses.

A plataforma da Disney será lançada em 12 de novembro nos Estados Unidos, e já conta com datas de estreia confirmadas em mais quatro países. No Brasil, ainda não há previsão para a chegada do novo streaming.

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