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26 Setembro 2019 | Renata Vomero

Spcine lança plano de políticas afirmativas para o audiovisual

Iniciativa visa ampliar participação de minorias no mercado

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(Foto: Divulgação)

A Spcine anunciou nesta quarta-feira (25/09) o lançamento de seu novo plano de políticas afirmativas afim de aumentar a presença de mulheres, negros, indígenas e a comunidade LGBTQ no setor audiovisual. O plano inclui a criação de metas a serem batidas com projetos envolvendo mulheres e negros e incentivos para a aceleração de projetos envolvendo indígenas e a comunidade LGBTQ.

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Com a medida, os editais da empresa já com lançamento previsto para 2019 e 2020 passam a ter mecanismos de inclusão. O primeiro deles é para produção de filmes de baixo orçamento, com investimento de R$ 3 milhões em longas de ficção e documentários.

A iniciativa para o alcance das metas atua com pontuações, ou seja, projetos que tiverem mulheres nos cargos de direção, direção de fotografia e outros cargos de liderança acumulam pontos na seleção. O mesmo acontece para os projetos que tiverem aos menos uma pessoa negra dentro do quadro societário da empresa inscrita. Caso as metas não sejam cumpridas, a Spcine terá de criar projetos de capacitação voltados para essas minorias afim de desafogar este gargalo do mercado.

“O audiovisual brasileiro tem que ser um reflexo do Brasil e de sua diversidade de gênero, raças, identidades e pontos de vista. O plano é uma maneira de acelerarmos a chegada a um equilíbrio no quadro atual, ainda muito desigual para mulheres e pessoas negras. Como formuladora de políticas públicas, a Spcine está atenta à questão e desenvolvendo soluções”, defende Laís Bodanzky, presidente da Spcine.

O plano de políticas afirmativas contempla linhas de fomento para produção de curtas e longas-metragens, distribuição de longas-metragens, desenvolvimento de roteiro para série, criação de games, finalização de filmes e apoio a mostras e festivais.

A Spcine tomou a iniciativa de criar este plano por conta de um relatório que saiu da Ancine apontando a desigualdade entre os profissionais da indústria. Segundo o relatório, quase 75% dos 142 filmes analisados de 2016 foram dirigidos por homens brancos. Apenas 19% foram dirigidos por mulheres, 2,1% por homens negros e nenhum por uma mulher negra. O estudo também apontou que os homens brancos dominaram as áreas de roteiro, direção de fotografia e direção de arte.

Maiores informações sobre essa iniciativa podem ser encontradas no site da Spcine.

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