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03 Outubro 2019 | Renata Vomero

James Dobbin mostrou os caminhos para o cinema evento na América Latina

Executivo da National Amusements apontou as diferenças na região

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(Foto: Expocine)

O terceiro dia da Expocine19 trouxe aos profissionais algumas novidades e tendências do setor de exibição. Para tal, James Dobbin, diretor de cinema evento da National Amusements Reino Unido e Internacional, conversou com o público para falar um pouco sobre a experiência de eventos no cinema e cinema ao vivo, algo que tem dado muito certo na Europa.



Dobbin explicou que o crescimento desta experiência vem acontecendo em escala maior nos últimos cinco anos, já que foi o período em que a digitalização dos cinemas aconteceu ao redor do mundo. “No entanto, percebemos que o cinema evento já está muito forte no Reino Unido e na Europa, mas está apenas começando na América Latina”, explicou.

O executivo destacou a importância desse tipo de evento para atrair ao cinema um público que talvez não seja o frequentador regular, no entanto, pode vir a ser. “Esta é uma ótima maneira de mostrar a experiência do cinema a um público que não costuma ir ao cinema, eles se encantam com isso e passar a frequentar o cinema com maior regularidade, para ver a programação normal de filmes”.

Ainda assim, Dobbin comentou que ainda existem algumas dificuldades no que se trata convencer os cinemas a investirem nessa experiência. “Ainda temos esse trabalho de mostrar a eles o quanto essa experiência pode ser proveitosa e trazer retorno positivo. Sempre precisamos falar que apesar de não ser uma bilheteria gigante, por ser um lançamento limitado, em longo prazo a arrecadação é muito boa. Além disso, tem o outro lado de convencer o público a ir ao cinema para assistir a esses tipos de conteúdos”, explicou em entrevista ao Portal Exibidor.

Falando em conteúdos, aqueles que mais fazem sucesso são os voltados para a música, já que são uma linguagem universal e que unem as pessoas. Entre eles, o show do Led Zeppeling, Iron Maiden, Metallica, One Direction e recentemente, os fenômenos da banda sul coreana BTS, que fez bilheteria global de mais de US$67 milhões.

No Reino Unido, alguns conteúdos de ópera e ballet fazem muito sucesso, assim, como alguns shows de comédia que são muito populares na região. No entanto, na América Latina, a banda toca um pouco diferente. “Por aqui esses conteúdos não vão muito bem, nesta região os shows, os filmes clássicos, Esports e conteúdos voltados para mães e bebês fazem maior sucesso, por serem mais pop”, explicou Dobbin.

Ele salientou também a importância de trabalhar muito bem a programação, conhecendo o público de cada conteúdo. “É preciso entender cada conteúdo e onde e horário que deve ser programado. Não adianta programar um filme de terror pela manhã e um para bebês à noite, desse jeito não vai funcionar mesmo”.

Além disso, o marketing é de suma importância para o negócio, “É uma perda de tempo e investimento colocar banner nos cinemas para atrair o público de games, por exemplo, eles não vão ver isso. Já falar com o público de música e filmes clássicos fica um pouco mais fácil, porque são similares, conseguimos impactá-los nos cinemas”, finalizou.

 Confira a cobertura do terceiro dia da Expocine19.

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