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18 Outubro 2019 | Renata Vomero

Elo Company lança selo voltado a realizadores negros do audiovisual

Selo Black entrará em atuação em 2020

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(Foto: Elo Company)

A Elo Company anunciou a criação do Selo Black, que tem como objetivo fomentar o empreendedorismo negro no audiovisual. Atuando de maneira semelhante ao já criado Selo Elas, que incentiva as produções de mulheres, a nova iniciativa se difere ao também investir na formação desses produtores e realizadores negros.

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O Selo foi criado e será liderado por Gabriela Souza, gerente de projetos e financiamentos da Elo Company, ela será a responsável pela seleção dos projetos e consultores e fará a ponte entre os produtores e esses profissionais mais experientes do mercado que darão dicas e conselhos ao novos cineastas. Souza também será responsável por cuidar da capacitação dos cineastas do Selo. “A ideia é fazer parcerias com instituições e escolas para fazer algumas formações executivas para esses produtores que ainda não estão tão inseridos no mercado, falando sobre financiamento, Ancine, mercado de distribuição. Inicialmente serão alguns workshops, laboratórios e pitchings também. A ideia é até mesmo contratar os projetos de alguns desses profissionais, para trazê-los para dentro da distribuidora, porque é preciso criar abertura do mercado para essa demanda que está represada”, explica.

O projeto deve entrar em atuação em 2020 e conta com quatro títulos já selecionados, são eles Narciso Rap, do diretor Jefferson De; Menina Mulher da Pele Preta, de Renato Candido; Na Rédea Curta, de Glenda Nicacio e Ary Rosa; e É Tempo de Amoras, de Anahí Borges. Os títulos são todos com uma roupagem mais comercial, algo que vai de acordo com a proposta da própria Elo Company, de sempre buscar vender os filmes também no exterior, algo que será implementado também no Selo Black.

Já quanto à escolha dos consultores, que ainda não foram divulgados, a gerente garante que está em busca de profissionais com bastante experiência e que tenham uma atuação bastante empreendedora, já que esse é o objetivo do projeto. Desta maneira, a iniciativa pretende aumentar a curva de filmes dirigidos por cineastas negros, que são muito poucos atualmente, segundo as últimas pesquisas da Ancine. “A ideia é que fomentando esses produtores, seja dentro desses laboratórios e workshops, seja nos festivais e eventos, eles tenham mais segurança e autonomia para colocar esses projetos comercialmente, esse é o papel da distribuidora. Principalmente na sala de cinemas, que é onde a Ancine pontua, dentro desse recorte, assim esses números se elevam. Então, a ideia é fomentar para que eles cheguem a essas salas de exibição”, explica a responsável pela iniciativa. 

E sobre a possível convergência de filmes do Selo Elas com os do Selo Black, caso de É Tempo de Amoras, Gabriela finaliza: “Para filmes que sejam produzidos por mulheres negras, a ideia é que os dois selos estejam em comunicação para potencializar ao máximo esses filmes. O Selo Black vai ter um foco mais racial, então, ele vai passar por uma visão específica e quando passar pelo Selo Elas ele vai ter uma outra vertente, outro foco. A ideia é somar essas dicas e transformar o filme numa potência”.

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