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25 Dezembro 2020 | Fernanda Mendes

Com filmes para o cinema e streaming, Maurício Eça acredita que "uma boa história sempre terá seu espaço seja em que janela for"

"A Garota Invisível" chega às plataformas digitais e lançamento simultâneo dos filmes sobre Suzane Richthofen aguarda data para os cinemas

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(Foto: Divulgação)

Com dois filmes prontos para estrearem no cinema (A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais), o diretor Maurício Eça lança agora nas plataformas digitais o divertido A Garota Invisível, comédia adolescente estrelada por nomes conhecidos do público infanto-juvenil como Sophia Valverde, da novela As Aventuras de Poliana, do SBT, Mharessa Fernanda, da novela Cúmplices de um Resgate, Matheus Ueta (novela e filmes Carrossel) e muito mais.



O longa, aliás, foi inteiramente filmado durante a pandemia, o que gerou desafios a mais na produção. Em entrevista ao Portal Exibidor, o cineasta falou sobre a experiência que, para ele, foi uma “alegria”. Com o roteiro adequado para as possibilidades limitadas durante a quarentena, a equipe chegou à conclusão de que o melhor seria gravar as cenas nas casas dos atores, seguindo os protocolos de segurança.

Por isso, os atores gravavam de forma separada, sem contracenar uns com os outros. A alternativa foi criar diversas formas para que o tom da interpretação fosse o mais natural possível. “Sem dúvida alguma o resultado fez jus ao nosso empenho e a nossa preparação toda, e acredito que quem ver o filme vai perceber isso”, comemora Eça.

Na história de A Garota Invisível, a personagem Ariana é uma menina que sempre passou despercebida até que, sem querer, posta um vídeo em que se declara para o garoto mais popular da escola. Depois de todos assistirem à declaração, a ex-namorada dele fará de tudo para estragar o romance.

Com muitas encrencas e cenas divertidas, o filme foi construído com base nesse sentimento de alegria, sem citar em nenhum momento a pandemia. “Acredito que fomos muito felizes na criação do roteiro e na realização e o resultado final mostra que o filme poderia ter sido filmado em qualquer tempo, pois o nível de interação entre os personagens e a velocidade envolvente da narrativa só reforçaram o quanto funcionou o que pensamos”.

Com roteiro de Livia Alcade e C.Jos Bravo, produção de Marcelo Braga, da Santa Rita Filmes, e distribuição da Synapse Distribution, A Garota Invisível chega em um período de férias escolares, quando o público-alvo está ainda mais sedento por este tipo de conteúdo, sem dúvidas.

Janelas de exibição

Agora, outro tipo de conteúdo bem diferente do filme adolescente, é o lançamento simultâneo dos filmes A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais, ambos da Galeria Distribuidora, que teve de ser suspenso por conta do fechamento dos cinemas e aguarda a melhor data para poder chegar às telonas. Eça conta que os longas foram pensados em cada detalhe para a experiência na tela grande e pede, obrigatoriamente, pela exibição neste formato. Mas entende, também, que em um momento de tantas mudanças no consumo do espectador, o que impera é uma história bem contada seja na janela que for.

“Infelizmente, a pandemia veio e hoje estamos vendo o quanto está sendo difícil para distribuidoras, para os exibidores e, claro, também para o cinéfilo ávido por essas experiências. São muitas coisas envolvidas, a maioria delas econômicas e qualquer coisa que se fale nos dias de hoje não será de fácil análise por conta de tantos interesses, e ao mesmo tempo tantos problemas. Agora, sem dúvida alguma podemos mais e mais dimensionar orçamentos e a forma de contar uma história levando em conta lançamento em streaming antes de cinema, mas acredito que independente da forma, o conteúdo e o roteiro continuam sobressaindo, e uma boa história sempre terá seu espaço seja em que janela for”, explica.

Para 2021, além dos dois longas para lançar, o diretor também está em pré-produção de um novo filme a ser rodado no começo do ano e desenvolvendo mais outros dois novos filmes em sequência. “E ainda cheio de ideias pra uma possível série e outro filme”.

As expectativas não poderiam ser melhores. Eça acredita que o ano que vem terá um movimento intenso de novas produções mesmo em um momento de transição com a possível chegada da vacina, retomando até mesmo o nível dos últimos anos.

Diretor de duas grandes bilheterias do cinema nacional, Carrosel – O Filme e Carrossel 2 - O Sumiço De Maria Joaquina, que juntos somam 5 milhões de espectadores, o diretor segue a tendência do mercado e quer alcançar o maior público possível, seja no cinema ou nas plataformas digitais: “O meu sonho sempre foi ver meus filmes em telas grandes e para um número cada vez maior de pessoas, pois fazer cinema é isso: discutir, interagir, provocar, debater, entreter. E quanto mais a gente puder alcançar o público onde ele está, melhor será. Por isso mais e mais as novas janelas funcionam bem também”.

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