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15 Junho 2021 | Renata Vomero

Universal reforça compromisso com lançamento exclusivo nos cinemas

Major foi pioneira no encurtamento da janela com o PVOD durante a pandemia

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(Foto: Universal)

O CEO da NBCUniversal, Jeff Shell participou de uma conferência de mídia virtual, onde falou sobre o posicionamento da Universal dentro do debate acerca do encurtamento das janelas de exibição ou do desaparecimento delas. Ele reforçou o compromisso da Universal com o lançamento exclusivo nos cinemas.

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“o cinema é realmente importante para a indústria, não apenas como fonte de receita, mas porque é isso que torna um filme um filme: a capacidade de criar um evento. A capacidade de acordar e ver sua bilheteria, e não ‘cair em algum serviço de streaming’, comentou o executivo, que ressaltou que a Universal é a casa dos realizadores que desejam lançar seus filmes exclusivamente nos cinemas.

Dois pontos interessantes entram nessas declarações, primeiro porque a Universal foi pioneira no encurtamento da janela durante a pandemia ao lançar Trolls 2 em PVOD no ano passado e depois fechar acordos com os exibidores de lançar os filmes no digital pouco tempo depois da estreia cinematográfica a depender da bilheteria. Outra questão significativa é que a Universal está entre as majors que lançaram um serviço de streaming próprio, o Peacock, o que Shell chama de “um mal entendido” na interpretação desta iniciativa, que serve apenas de complemento ao negócio, sem mudar as estruturas do modelo atual.

Quanto ao PVOD, ele ressalta: Foi uma verdadeira história de sucesso para nós. “Estamos entrando em um novo mercado. O PVOD é muito lucrativo para um estúdio de cinema. Você faz uma divisão maior. No momento, parece ser uma fonte de receita adicional para nós e para outros”.

Outro dado interessante e que reforça o compromisso da major é que ela é responsável pelo maior sucesso de Hollywood na pandemia até o momento, Velozes & Furiosos 9. O longa já faturou mais de US$250 milhões na bilheteria global e ainda não chegou na maior parte dos mercados, devendo estrear na América do Norte, e também no Brasil, no final de junho, o que deve alavancar ainda mais os resultados da franquia, que já tem mais de US$6 bilhões somados entre seus filmes.

“Pessoalmente, acho que a bilheteria de grandes filmes pode ser a mesma ou quase a mesma, mas isso vai mudar conforme você desce na cadeia. Não sabemos como isso vai evoluir, mas as janelas certamente serão mais curtas e mais flexíveis do que no passado.”

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