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17 Setembro 2021 | Renata Vomero

OlharPlay oferece solução de streaming para produtores, festivais e cinemas

Plataforma voltada ao cinema independente está no ar desde julho

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(Foto: Divulgação)

Em um ano dominado pela forte presença do audiovisual independente no digital, a Olhar Distribuição e a Nuvem Sistemas se juntaram para criar a OlharPlay. A nova plataforma chegou com o objetivo de criar sinergia entre o mercado e oferecer soluções de streaming para os mais diversos players do mercado independente.



Para tal, foram criadas três frentes específicas: a primeira delas é direcionada ao universo dos festivais de cinema, a segunda foi pensada especialmente para os exibidores que querem expandir e fidelizar o seu público dentro de suas próprias redes e a terceira solução é a Sala Maniva, um serviço de premium video on demand (PVOD) com foco em filmes independentes inéditos e exclusivos e que estará no ar em agosto de 2021. 

“Com a pandemia, tivemos a migração dos festivais para o ambiente online e fomos bombardeados por pedidos de exibição dos filmes que distribuímos em festivais e mostras online. Ali percebemos que grande parte dos festivais não conseguia oferecer a segurança necessária aos conteúdos. Em paralelo, houve a aceleração da tendência do consumo de filmes no streaming, que é uma informação que todos já estão cansados de escutar, mas vimos poucas ações aproveitando a consolidação dessa tendência no cinema independente. Já sabíamos que o streaming poderia ser uma fonte de receita relevante para os lançamentos independentes, que vem brigando por espaço em salas de cinema nos últimos anos, pois é algo que já vinha sendo debatido nos eventos do setor. Então fomos pesquisando o que tinha disponível de estrutura no mercado e montando a nossa plataforma”, explicou Paula Gomes, co-fundadora da OlharPlay e que vê o maior diferencial da plataforma o fato de ser pensada por e para brasileiros.

Um outro fator bastante importante que vem com a plataforma é o alcance do cinema independente que se amplifica quando está no streaming, algo que discutimos bastante na Exibidor, inclusive. É um cinema que as vezes não chega no público, seja pela falta de cinema, seja pela pequena presença nele. Então, a OlharPlay também chega com esse olhar preocupado.

“Uma coisa que aprendemos distribuindo filmes independentes é que há um público ávido pelos nossos filmes em cidades onde não conseguimos chegar pelos meios tradicionais. Pessoas que estão dispostas a pagar e assistir um conteúdo em primeira mão. Queremos fazer o cinema independente chegar nelas. Além de poder oferecer alternativas para quem quer assistir ao filme no seu tempo e no conforto da sua casa também. Na outra mão, temos a possibilidade de oferecer mais oportunidades de rentabilizar os filmes de produtores independentes”, reforçou a executiva.

Um desafio neste lançamento foi o de conversas com os mais diversos players do mercado, tendo em vista as múltiplas funcionalidades da iniciativa, desafio este que foi superado nas tratativas, já que tanto distribuidores e produtores, quanto exibidores e organizadores de festivais, todos independentes, abraçaram a ideia.

Entre em cena, então, o desafio é entender a necessidade de cada um desses parceiros para conseguir entregar a melhor usabilidade para cada um deles, pensando também nas mais diversas novas possibilidades de negócio que se abrem com a iniciativa, ainda mais no futuro, ainda incerto, mas que com certeza guarda um espaço reservado e cativo para o digital.

“Enxergamos que as plataformas digitais chegaram para somar nesse cenário, com sua capilaridade junto ao público chegando em locais que sequer possuem salas de cinema, sendo possibilidades reais de rentabilização das obras. Ainda há muito chão à nossa frente e, como já citamos, ainda estamos entendendo quais modelos de negócios fazem sentido para cada obra e player, mas já percebemos que com o PVOD temos bastante versatilidade. Há que se considerar também o avanço e barateamento de tecnologias que proporcionam uma boa qualidade de imagem e som em casa. Então, temos que acompanhar como as nossas audiências irão se comportar em meio a tantas mudanças. É daí que virão as respostas”, finalizou Paula.

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