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29 Setembro 2021 | Renata Vomero

Cinema deve estar entre as preferências do consumidor no pós-pandemia

Bain & Company fez estudo com dois mil brasileiros

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(Foto: iStock)

O futuro é próximo e incerto, mas algumas análises e pesquisas estão ajudando o mercado a entender como reagirá o consumidor uma vez que as restrições da pandemia (e ela por si só) estejam no passado. 

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A Bain & Company fez uma pesquisa com dois mil brasileiros para tentar trazer respostas sobre seus hábitos de consumo neste futuro, principalmente no que diz respeito ao seu tempo de lazer. Para alegria do mercado cinematográfico, 57% dos entrevistados disseram que ficarão mais propensos a ir ao cinema, 65% a ir em bares e restaurantes e 40% a fazer compras em lojas físicas. De acordo com a pesquisa, o montante de respondentes que não realizaram essas atividades desde o início da pandemia foi de, respectivamente, 79%, 65% e 60%.

A análise observou o comportamento dos brasileiros durante a pandemia frente a diversos segmentos, inclusive o de entretenimento, concluindo que 72% dos brasileiros aumentaram o tempo gasto em serviços de streaming e 78% aumentaram o tempo gasto em mídias sociais – uma tendência que deve se manter. O tempo gasto em videogames provavelmente será reduzido.

Impacto financeiro

Além da analisar os hábitos de consumo dos brasileiros, a Bain & Company não deixou de observar em paralelo o impacto da pandemia na renda destes consumidores, o que, claro, deve afetar seu consumo nos próximos meses.

O Brasil, o número de pessoas que guardaram menos dinheiro foi 28% maior do que o de entrevistados que pouparam mais. Nos Estados Unidos, por sua vez, o número de pessoas que guardaram mais ou muito mais dinheiro foi 16% maior. 

"Nos EUA e Europa, as pessoas conseguiram poupar mais. Já no Brasil, houve o contrário. Isso em razão do impacto da menor atividade econômica, do emprego e da renda. Um dos elementos relevantes dessa tendência é indicar quanto o poder aquisitivo irá diminuir, e como as pessoas estão saindo dessa pandemia com dinheiro no bolso", destacou Federico Eisner, líder da prática de Bens de Consumo da Bain & Company na América do Sul, no comunicado enviado à imprensa.

Comportamento

Quanto ao comportamento, hábitos relacionados ao ambiente doméstico, com as pessoas realizando atividades em casa, ainda devem permanecer relevantes mesmo após o fim da pandemia. Dentre essas atividades detectadas, a pesquisa indicou que cozinhar (84%), assistir televisão (77%) e cuidar do lar (64%) foram as principais razões mencionadas pelos consumidores durante a pandemia. Também houve um aumento em atividades relacionadas à saúde, como a prática de exercícios (56%) e de aulas fitness virtuais (54%).

"Muitos desses comportamentos que foram adquiridos durante a pandemia permanecem. E esses novos hábitos que os consumidores acrescentaram em suas rotinas domésticas, como cozinhar, assistir TV, jogar videogames e cuidar da própria casa, além de todos os temas relacionados ao cuidado com a saúde, com exercícios físicos, devem continuar", afirmou Luciana Batista, sócia da Bain & Company.

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