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14 Dezembro 2021 | Renata Vomero

"É um filme sobre crescimento", diz Daniel Rezende sobre "Turma da Mônica: Lições"

Sequência de "Laços" estreia nos cinemas em 30 de dezembro

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(Foto: Divulgação)

Eu que escrevo e você que nos lê com certeza temos algo em comum: somos apaixonados por Turma da Mônica. Dito isso, não é pouca a nossa ansiedade para ver essa turminha voltando em live-action para as telonas, agora, em Turma da Mônica: Lições (Downtown/Paris), filme comandado por Daniel Rezende e que estreia em 30 de dezembro.

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Se a ansiedade é alta, nós – e por nós digo toda a população brasileira – também colocamos o nível de exigência na mesma altura, mesmo que agora de forma mais tranquila depois do sucesso de Turma da Mônica: Laços, que estreou em 2019, mas a equipe do novo filme – mesma do anterior – sabe muito bem disso.

“Os fãs são chatos mesmo, são bem críticos, mas eu sou o maior deles, então, sabia que tinha que entregar algo à altura do que está tão forte no imaginário dos brasileiros. Usei duas táticas, a primeira era fingir que não era comigo (risos), a segunda era ver os olhos do Mauricio de Sousa brilhando conforme eu apresentava o filme para ele”, comentou Daniel Rezende, em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (13), em São Paulo, que ainda contou com o elenco do filme, formado por Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Gabriel Moreira e Laura Rauseo; a produtora Bianca Villar, da Biônica Filmes; Mônica Sousa e Sidney Gusman, editor das publicação da MSP.

Os filmes são baseados nas Graphic Novels homônimas dos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, que reimaginam a turminha com um tom mais dramático e profundo, com traços mais amadurecidos.

Essa é justamente a proposta deste novo filme, trazer esse amadurecimento, afinal, as crianças estão crescendo e com isso surgem novos dramas na vida deles, como a separação, a oportunidade de fazer novos amigos e fazer crescer o universo que vimos em Laços.

“Não tive medo de fazer um filme mais emocional, sem ser um dramalhão. As crianças estão crescendo e é um filme sobre crescimento. Chegamos na frase ‘é possível crescer sem deixar de ser criança’ e ela nos norteou. Então, eles estão maravilhosos, choramos muito no set.  E é um filme que fala de separação, então, a estreia dele depois de tudo o que passamos na pandemia, vai emocionar o público, porque estamos precisando desse abraço”, ressaltou o cineasta.

Desta forma, a produção cresce em termos de dramaturgia, o que foi um desafio para o elenco infantil, agora também mais amadurecido. Se no primeiro filme eles não tiveram contato com o roteiro para dar naturalidade nas atuações, desta vez puderam ter acesso ao texto para encontrar melhor suas próprias atuações.

“Tivemos muita ajuda do preparador de elenco, mas durante as filmagens nós fomos nos ajudando. No primeiro filme aprendi muito sobre atuação, mas agora sinto que evolui mais”, comentou Giulia Benite, que vive a Mônica, seu comentário foi complementado pelo restante do elenco, que acredita que a leitura do roteiro ajudou na atuação, embora eles não tivessem que decorar as falas, o que ajudou a ficar natural: “tínhamos medo de ficar robotizado”, ressaltou Gabriel Moreira, que interpreta o Cascão.

E toda essa temática de crescimento e amadurecimento se reflete em todo aspecto do filme, que consegue entregar ainda mais profundidade e camadas, além de expandir o universo da Turma da Mônica trazendo alguns de seus icônicos personagens, e tudo isso flui de forma conectada e bem organizada.

“Era uma responsabilidade enorme porque é um desafio fazer uma sequência que seja melhor do que o primeiro filme. Usei duas palavras: verdade e presença. Avisei as crianças que seria mais difícil”, ressaltou Daniel.

Seu trabalho é elogiado pela equipe da MSP, responsável por esses 60 anos de histórias. Sidney Gusman, editor das publicações, ressaltou o quanto Daniel colocou o filme numa escala ainda maior do que a história na qual é baseada e Mônica Sousa garantiu que o cineasta criou um problemão, já que agora Mauricio de Sousa “só confia nele”.

E o grande criador de tudo isso, o próprio Mauricio, cravou, em vídeo, o quanto gostou da sequência e joga a expectativa de todos no alto reforçando que “quer mais”. E fica difícil mesmo não criar expectativas para as sequências, já que é um universo tão rico e que está se saindo muito bem entre o público e a crítica.

“Depende de o público assistir o filme em janeiro para que possamos continuar investindo nessas produções”, afirmou Mônica.

A vontade de todos é de continuar, mas por enquanto fica o desejo de que o filme tenha bons resultados nos cinemas e ele tem tudo para isso, já que estreia em um momento em que os filmes família costumam atrair bons públicos no Brasil, além de ser um longa que vai agradar a adultos e crianças, essas sem serem subestimadas, o que é o mais legal e está no DNA desses 60 anos de Turma da Mônica.

Ah, e para quem quer uma dica: fiquem na sala até depois dos créditos do filme, a cena extra vale muito a pena.

Turma da Mônica: Lições é dirigido por Daniel Rezende e tem produção da Biônica Filmes, em coprodução com Mauricio de Sousa Produções, Paris Entretenimento, Paramount Pictures e Globo Filmes. A Paris Filmes e a Downtown Filmes assinam a distribuição. 

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