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09 Maio 2022 | Renata Vomero

Enfrentando dificuldades, cinemas italianos terão aumento de incentivos fiscais

Governo do país aumentou para 40% o desconto fiscal dos exibidores

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(Foto: iStock)

Há semanas estamos acompanhando diversas medidas italianas no sentido de impulsionar o setor de exibição do país, que segue enfrentando duras dificuldades por conta da crise causada pela pandemia.

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Na região, os cinemas só foram liberados para operar na capacidade máxima em outubro do ano passado. E nos primeiros quatro meses de 2022, os números ainda não são os mais animadores, segundo a Associação dos Distribuidores do país (ANICA), a venda de ingresso está  65% abaixo dos números de antes da pandemia. As informações são do Screen Daily.

Com isso, o Governo aprovou uma medida que aumenta para 40% os descontos fiscais com base na arrecadação dos cinemas. Antes, este valor era de 20% e a medida, claro, veio no sentido de ajudar os cinemas abertos.

“Este é um primeiro passo para o recomeço, mas precisamos urgentemente de uma lei-quadro (conjunto de leis básicas) que acabe com a situação do ‘oeste selvagem’ existente com as janelas. Precisamos de janelas de mais de um ano para filmes italianos e internacionais, pois só assim poderemos trazer o cinema italiano e nossos cinemas de volta à real relevância”, disse Manuele Ilari, que dirige a Ueci, a associação dos cinemas italianos, em entrevista ao Screen Daily.

E essa questão da janela vem dando o que falar, já que no início de abril o governo estipulou janela de 90 dias entre o cinema e o streaming, levando em conta a flexibilização desta durante a pandemia.

Os exibidores não gostaram dessa regra, tendo em vista que há janelas bem mais extensas em países europeus e que visam proteger o setor local. Como exemplo, temos a França, que estipulou janela de 12 meses para os filmes.

Outra medida recente que também não agradou os profissionais do setor, foi a extensão da obrigatoriedade do uso de máscaras em cinemas até o dia 15 de junho. A Associação de distribuidores entende que a regra também atrapalha a frequência de espectadores aos cinemas.

Em torno de 500 cinemas fecharam definitivamente durante a pandemia e, segundo a Ueci, mais podem ser fechados, ameaçando cerca de 100 mil empregos da indústria.

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