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05 Agosto 2022 | Renata Vomero

Warner Bros. Discovery fecha trimestre em meio a intensos desdobramentos da fusão

Semana foi movimentada para a empresa, os analistas de mercado e os fãs

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(Foto: Divulgação)

O mercado de entretenimento e os fãs acompanharam atentos, nesta semana, aos desdobramentos da fusão entre a Warner Media e o Discovery, que gerou a empresa Warner Bros. Discovery (WBD), comandada por David Zaslav.

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Em uma série de movimentações, o novo conglomerado aponta para uma nova direção nos segmentos de cinema e streaming, começando pela HBO Max. Ao que tudo indica, tanto a “roxinha” – como o serviço é carinhosamente chamado –, quanto o Discovery+ devem ser descontinuados e fundidos em um novo serviço, que deve combinar os conteúdos de ambas as plataformas.

A indicação é de que esse novo serviço, ainda sem nome, deve chegar ao mercado em 2023, sendo na América do Norte no verão e na América Latina no outono (tudo isso do hemisfério norte), na Europa, Ásia e outros mercados, deve chegar apenas em 2024. Esse anúncio foi feito na tarde de ontem (4), no entanto, até ele chegar algumas ações do conglomerado já indicavam as mudanças.

Tudo começou com o cancelamento de Batgirl na terça-feira (2), seguido também pela sequência de Scooby Doo e House Party, todos eles eram destinados para a HBO Max. Junto deles, outros diversos títulos originais da plataforma foram removidos.  Além disso, há rumores de possíveis demissões no decorrer destas semanas e algumas especulações (não confirmadas) de que mais podem acontecer, o que gerou relatos de ansiedade nas equipes de funcionários.

Tudo isso, indica a mudança estratégica da nova gestão, agora mais focada em cinema e quando se fala em cinema, se fala em blockbusters bilionários, também com ênfase na HBO, sempre sinônimo de excelência e reconhecimento. A posição é bastante diferente da adotava por Jason Kilar, antigo CEO da WarnerMedia, ele foi  responsável por criar a HBO Max e o plano durante a pandemia de lançar os filmes simultaneamente a ela até o fim de 2021. A última medida o colocou em uma posição delicada de até reconhecer publicamente alguns erros nesse processo.

Com os anúncios desta quinta-feira (4), embora o cenário ainda seja nebuloso, também foram divulgados os resultados do segundo trimestre fiscal, que vai de abril a junho. Este é o primeiro trimestre completo desde que a fusão foi oficializada em abril, embora ela se desenhe desde maio do ano passado.

Somando os dois serviços que ainda estão operando (HBO Max e Discovery+), a empresa conta com 92,1 milhões de assinantes globais. Não se sabe exatamente quanto que cada uma das plataformas têm de clientes.

Referente aos faturamentos, a receita do período foi de US$9,8 bilhões, no entanto, houve prejuízo de US$3,4 bilhões, abaixo das estimativas de Wall Street. Desse valor total de receita, US$2,7 bilhões foi com publicidade, US$4,8 bilhões em distribuição e US$2 bilhões em conteúdo. O streaming perdeu US$1,5 bilhão no trimestre.

No comunicado enviado à imprensa, Zaslav reforçou o foco do conglomerado em conteúdo, especialmente na janela de cinema.  “Abraçaremos totalmente o cinema, pois acreditamos que isso cria interesse e demanda”.

Quanto ao cinema, o executivo confirmou um plano de dez anos para os filmes da DC Comics, todos eles focados na exibição exclusiva na tela grande e com potencial bilionário. Embora o planejamento não tenha sido divulgado, muitos apontam para a semelhança com o MCU criado por Kevin Feige dentro da Disney e que se tornou uma das maiores potências cinematográficas da década.

“Não lançaremos nenhum filme em que não acreditamos. Nosso objetivo é fazer crescer a marca da DC, os personagens da DC. Nenhum filme será lançado antes de estar pronto. Isso é algo em que podemos melhorar”, disse Zaslav na apresentação.

Os próximos filmes do selo são Adão Negro e Shazam! Fúria dos Deuses. Batman, primeiro grande lançamento exclusivo nos cinemas da DC desde a pandemia, está entre as cinco maiores bilheterias do ano, com soma de US$770,8 milhões globais.

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