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24 Agosto 2023 | Yuri Codogno

Melhor Filme e mais sete troféus: "Marte Um" é o vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

Premiação aconteceu ontem (23) na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro

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(Foto: Divulgação)

O mineiro Marte Um (Embaúba Filmes), com oito troféus, incluindo o de Melhor Filme, foi o maior vencedor na 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. O longa também foi escolhido nas categorias de Melhor Direção, Roteiro Original, Ator, Ator Coadjuvante, Montagem, Fotografia e Som. A cerimônia de premiação, realizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, ocorreu na noite de ontem (23), na Cidade das Artes, na capital fluminense. 

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A premiação foi a consagração total para Marte Um, que, lançado no final de agosto do ano passado, antes já havia sido eleito melhor longa-metragem pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e escolhido para concorrer a uma vaga no Oscar 2023, na categoria de Melhor Filme Internacional. Outro “título” interessante é que Marte Um foi o lançamento com a quarta melhor avaliação em 2022 no Letterboxd, app em que cinéfilos classificam seus filmes favoritos. 

A trama de Marte Um gira em torno da história de uma família negra da periferia de Contagem, na Grande Belo Horizonte, em um país que acaba de eleger como presidente um homem de extrema-direita. Como plot, temos o pai de Deivid que deseja que seu filho se torne jogador de futebol, mas o menino quer ser astrofísico e participar de uma missão em Marte, a ser realizada em 2030.

Na atuação de Marte Um, Carlos Francisco e Cícero Lucas se destacaram ao receberem, respectivamente, os prêmios de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante. Já Dira Paes foi eleita Melhor Atriz por sua atuação em Pureza (Downtown/Paris) e Adriana Esteves ganhou na categoria Melhor Atriz Coadjuvante, por Medida Provisória (Elo Studios)

Além de Marte Um, outros dois filmes conseguiram mais de um troféu: A Viagem de Pedro (Vitrine Filmes) levou dois prêmios, enquanto Pluft, o Fantasminha (Downtown/Paris) ficou com dois. Entre as distribuidoras, a Embaúba levou as mesmas oito categorias do que Marte Um, seguido pela parceria entre Downtown Filmes e Paris Filmes (5), Vitrine FIlmes (4) e Prime Video (2). O streaming, entretanto, levou por uma produção internacional e uma série. 

Na cerimônia, Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, celebrou a "nova retomada" do cinema nacional: “Dias melhores chegaram! Mas isso não significa que ainda não haja muito trabalho pela frente para garantir que dias melhores sejam constantes. Esse é um ano muito especial para o cinema brasileiro: são 125 anos de existência, valendo lembrar que o Brasil, o Rio de Janeiro especificamente, foi um dos primeiros lugares do mundo onde se filmou. Essa noite é uma celebração a toda essa história. Uma viagem através do tempo e dos olhares desses nossos grandes documentaristas”.

Nesta edição, vale ressaltar que o homenageado foi o cineasta paraibano Vladimir Carvalho, que, aos 88 anos, segue como referência do "cinema verdade" e inspiração para novas gerações de documentaristas. 

Confira os vencedores:

  • - Melhor Longa-Metragem de Ficção: Marte Um (Embaúba Filmes), de Gabriel Martins;
  • - Melhor Filme - Júri Popular: Bem-Vinda a Quixeramobim (Downtown/Paris), de Halder Gomes;
  • - Melhor Direção: Gabriel Martins, por Marte Um (Embaúba Filmes);
  • - Melhor Primeira Direção de Longa-Metragem: Carolina Markowicz, por Carvão (Pandora filmes);
  • - Melhor Atriz: Dira Paes, por Pureza (Downtown/Paris);
  • - Melhor Ator: Carlos Francisco, por Marte Um (Embaúba Filmes);
  • - Melhor Atriz Coadjuvante: Adriana Esteves, por Medida Provisória (Elo Studios);
  • - Melhor Ator Coadjuvante: Cícero Lucas, por Marte Um (Embaúba Filmes);
  • - Melhor Filme Internacional: Elvis (Warner), de Baz Luhrmann; 
  • - Melhor Filme Ibero-Americano: Argentina, 1985 (Prime Video), de Santiago Mitre; 
  • - Melhor Longa-Metragem em Documentário: Kobra Auto Retrato (Imovision), de Lina Chamie; 
  • - Melhor Produção: Lina Chamie e Vinícius Pardinho, pela produtora Girafa Filmes;
  • - Melhor Longa-Metragem em Animação: Tarsilinha (H2O Films), de Celia Catunda e Kiko Mistrorigo; 
  • - Melhor Longa-Metragem Infantil: Pluft, o Fantasminha (Downtown/Paris), de Rosane Svartman;
  • - Melhor Roteiro Original: Gabriel Martins, por Marte Um (Embaúba Filmes);
  • - Melhor Roteiro Adaptado: Angelo Defanti, por O Clube dos Anjos (Vitrine Filmes);
  • - Melhor Curta-Metragem em Animação: A Menina Atrás do Espelho (Caolha Filmes), de Iuri Moreno;
  • - Melhor Curta-Metragem de Ficção: Big-Bang (Les Valseurs/Casa da Praia), de Carlos Segundo;
  • - Melhor Curta-Metragem em Documentário: Território Pequi, de Takumã Kuikuro;
  • - Melhor Montagem: Thiago Ricarte e Gabriel Martins, por Marte Um (Embaúba Filmes);
  • - Melhor Direção de Fotografia: Leonardo Feliciano, por Marte Um (Embaúba Filmes);
  • - Melhor Efeito Visual: Sandro Di Segni, por Pluft, O Fantasminha (Downtown/Paris);
  • - Melhor Som: Marcos Lopes e Tiago Bello, por Marte Um (Embaúba Filmes);
  • - Melhor Direção de Arte: Adrian Cooper, por A Viagem de Pedro (Vitrine FIlmes);
  • - Melhor Maquiagem: Tayce Vale e Blue, por A Viagem de Pedro (Vitrine Filmes);
  • - Melhor Figurino: Marjorie Gueller, Joana Porto e Patrícia Doria, por A Viagem de Pedro (Vitrine Filmes);
  • - Melhor Trilha Sonora: Pedro Guedes, Fabiano Krieger e Lucas Marcier, por Eduardo e Mônica (Downtown/Paris);
  • - Melhor Série Brasileira em Documentário | Produção Independente - TV Paga e OTT: Pacto Brutal -  O Assassinato de Daniella Perez – 1ª temporada (HBO Max);
  • - Melhor Série Brasileira em Animação | Produção Independente - TV Paga E OTT: Vamos Brincar com a Turma da Mônica - 1ª temporada (Gloob)
  • - Melhor Série Brasileira de Ficção| Produção independente - TV Aberta, TV Paga e OTT: Manhãs de Setembro - 2ª temporada (Prime Video).

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