Contra tudo e contra todos - especialmente os que acreditavam em uma decadência da gigante do streaming após período conturbado -, a Netflix ganhou quase nove milhões de assinantes globais em seu terceiro trimestre fiscal. Os números foram divulgados no final da tarde de ontem (18) e demonstram como a plataforma continua liderando no cenário. As informações são dos portais Hollywood Reporter, Variety e O Globo.

Em uma breve recapitulação, recentemente a Netflix registrou pela primeira vez em sua história uma queda brusca de assinantes, fazendo com que suas ações caíssem. Com isso, o mundo do streaming estremeceu e começou a busca por novas fontes de renda para tornar o segmento autossustentável. Como resultado, a Netflix anunciou que impediria o compartilhamento de senhas entre diferentes residências (algo seguido por outras do setor) e algumas empresas voltaram até mesmo a licenciar seus conteúdos originais para concorrentes. Isso tudo enquanto acontece a disputa com roteiristas, diretores e atores sobre os valores dos pagamentos residuais, algo que, em partes, está andando rumo à resolução. 

Voltando ao balanço fiscal, os 8,76 milhões de novos assinantes (um aumento de 265% sobre os 2,4 milhões do mesmo período do ano anterior) fizeram a Netflix alcançar 247,15 milhões globais. A receita do trimestre foi de US$ 8,5 bilhões, para um lucro operacional de US$ 1,7 bilhão. Em termos de comparação, as estimativas de Wall Street eram de receitas de US$ 8,5 bilhões, lucro operacional de US$ 1,9 bilhão e acréscimos de 5,9 milhões de clientes.

Para o quarto trimestre, a Netflix projeta que a sua receita aumente para US$ 8,7 bilhões, mas uma ligeira queda no lucro líquido, indo para para US$ 956 milhões, enquanto a expectativa é que os 9 milhões de novos membros se repitam. Vale lembrar que o último trimestre fiscal do ano costuma ser o melhor para a plataforma.

Mas as informações não param por aí, visto que, no Brasil e em outros países, a empresa irá encerrar já na semana que vem a opções de assinatura de plano básico para novos assinantes. O objetivo, desta forma, é estimular o crescimento de sua nova modalidade com publicidade na programação.

No Brasil, o plano básico custa R$ 25,90, mas logo não estará mais disponível. Então os novos assinantes terão apenas uma das seguintes três opções: com anúncios (R$ 18,90), padrão (R$ 39,90) e premium com alta definição (R$ 55,90). Em seu levantamento, a empresa ressaltou que cerca de 30% dos novos clientes optaram pelo modelo com propaganda, demonstrando como a Netflix deposita confiança nesse modelo de negócio. 

Já nos EUA, os preços do plano básico – que não está mais disponível para novos membros – aumentarão de US$ 9,99 para US$ 11,99, enquanto o plano premium subirá de US$ 19,99 para US$ 22,99. Já os planos com anúncios e o padrão continuarão em seus respectivos valores: US$ 6,99 e US$ 15,49. Ainda não há informações sobre aumento dos preços no Brasil.