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10 Maio 2024 | Yuri Codogno

Matrículas em cursos técnicos do SENAI relacionados à produção audiovisual cresceram mais de 150% nos últimos cinco anos

Expectativa é que número de profissionais da indústria criativa suba de 7,4 milhões para 8,4 milhões

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(Foto: Divulgação)

Entre os anos de 2019 e 2023, o número de matrículas em cursos do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) relacionados à produção audiovisual saltou de 687 para 1.762, representando um importante crescimento de 156,4%. Entre as opções mais buscadas, estão editor de vídeo, produção audiovisual, operador de câmera, operador de áudio e eletricista de audiovisual. 



Segundo o “Estudo de Demanda Profissional do Setor Audiovisual”, elaborado e divulgado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) em parceria com o Sicav (Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual), há muita dificuldade no Brasil para encontrar mão de obra qualificada. Por exemplo: 75% das empresas de audiovisual enfrentam esse problema, enquanto a ausência de qualidade técnica dos profissionais é apontada como um dos principais desafios por 64,3% das instituições. 

“O crescimento do número de profissionais qualificados nesse setor – principalmente em áreas mais técnicas e tecnológicas – será um dos fatores cruciais para a expansão da produção nacional. É por isso que o SENAI está atento às demandas do audiovisual e investe, cada vez mais, em cursos alinhados com o constante avanço tecnológico desse mercado”, ressaltou Felipe Morgado, superintendente de Educação Profissional e Superior do SENAI, em nota à imprensa.

Além dos profissionais de áreas criativas, como atores e roteiristas, a indústria cinematográfica depende de trabalhadores de áreas mais técnicas, como eletricistas especializados em audiovisual e operadores de câmera e áudio. De acordo com levantamento feito pelo Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), algumas dessas ocupações ganharão mais destaque nos próximos anos.

As quatro áreas que, segundo a pesquisa, devem crescer bastante são: desenvolvedores de realidade virtual e realidade aumentada; tecnólogos audiovisuais de imersão e profissionais focados na qualidade da experiência, trabalhando com funções de resolução 8K e gráficos avançados; operadores de drone para gravação externa; e artistas de animação 3D hiper-realistas. 

No final das contas, a própria indústria audiovisual nacional deve se beneficiar disso nos próximos anos. Até 2030, o total de trabalhadores da economia criativa - que abrange os profissionais do audiovisual - deve subir para 8,4 milhões, contra os 7,4 milhões que haviam no final de 2022. A expectativa é de que um a cada quatro novos empregos criados nos próximos anos seja em setores e ocupações da economia criativa. 

“É importante enxergarmos esse movimento. Com mais trabalhadores qualificados nesse setor, a produção nacional ganhará, cada vez mais, em qualidade técnica. Esse aprimoramento pode ecoar, inclusive, na exportação dos produtos nacionais”, completou Felipe Morgado.

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