13 Outubro 2025 | Redação
Festival do Rio encerra 27ª edição com recorde de público e consagra "Pequenas Criaturas" como melhor filme
Cerimônia de encerramento foi realizada ontem (12) e contou com o retorno dos prêmios do voto popular
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A 27ª edição do Festival do Rio chegou ao final ontem (12) e, durante a cerimônia de encerramento, celebrou o melhor do cinema contemporâneo com o anúncio dos vencedores do Troféu Redentor, que contempla os filmes da Competição Principal e da competitiva Novos Rumos da Première Brasil, e do Prêmio Felix, dedicado a obras com temática LGBTQIAPN+, sejam elas nacionais ou estrangeiras. A cerimônia da premiação teve apresentação dos atores Clayton Nascimento e Luisa Arraes, e consagrou Pequenas Criaturas, de Anne Pinheiro Guimarães, como vencedor do Troféu Redentor de Melhor Longa-Metragem de Ficção na Competição Principal da Première Brasil, o principal prêmio da noite.
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Nesta edição, 48 filmes, entre longas e curtas-metragens, concorreram ao Redentor nas duas mostras competitivas da Première Brasil. O Festival também apresentou novidades, como a inclusão da categoria Melhor Figurino na Competição Principal e o retorno dos prêmios concedidos pelo voto popular, que elegeu os favoritos do público em três categorias: Melhor Longa-Metragem de Ficção e Melhor Longa-Metragem Documentário na Competição Principal da Première Brasil, além do prêmio de Melhor Longa-Metragem na mostra Novos Rumos.
“Foi um ano muito especial, com salas cheias, encontros importantes de mercado, encontros amorosos de novos projetos”, disse Ilda Santiago, diretora-executiva do Festival do Rio em seu discurso no palco do Cine Odeon antes dos anúncios dos vencedores. Após agradecer a todos os parceiros, acrescentou: “Quero agradecer aos júris, agradecer a todos que participaram e estiveram conosco ao longo desses onze dias. É uma rede de paixão pelo cinema. E um agradecimento especial ao público”, completou.
Walkiria Barbosa, diretora do Festival, complementou dizendo: "O RioMarket este ano foi histórico porque a gente vem de um processo de incluir, pela primeira vez na história do audiovisual brasileiro, nosso setor dentro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com o programa Nova Indústria Brasil (NIB). E culminou com a presença do Ministério no RioMarket".
Vale destacar que, neste ano, o Festival do Rio levou mais de 140 mil pessoas às salas de cinema, um recorde para esta década. Outro longa bastante premiado e que vale ser citado é Ato Noturno (Vitrine Filmes). O filme dos diretores Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, que vem se consolidando como sucesso de crítica e público desde sua estreia mundial no Festival de Berlim, levou quatro troféus para casa. Na Première Brasil, o filme levou três Troféus Redentor: Melhor Ator para o estreante em longas Gabriel Faryas, Melhor Roteiro para Matzembacher e Reolon e Melhor Fotografia para Luciana Baseggio. A prordução ainda foi eleita o Melhor Filme do Prêmio Felix, dedicado a obras com temática LGBTQIAPN+.
"Estamos muito felizes com os prêmios e a recepção do filme. ‘Ato Noturno’ tem sido exibido em diversos países desde sua estreia no Festival de Berlim, em fevereiro, mas aguardávamos ansiosos para o encontro com o público brasileiro. As mensagens de carinho, as conversas pós-sessões e agora os quatro prêmios nos dão a sensação de dever cumprido. Fazer cinema com coração e desejo vale a pena", destacaram os diretores.
Confira todos os vencedores:
PREMIÈRE BRASIL
- - Melhor Longa-metragem de Ficção: Pequenas Criaturas, de Anne Pinheiro Guimarães;
- - Melhor Longa-Metragem de Ficção: Voto Popular: #SalveRosa, de Susanna Lira;
- - Melhor Longa-Metragem Documentário: Apolo, de Tainá Müller e Ísis Broken;
- - Melhor Longa-Metragem Documentário: Voto Popular: Cheiro de Diesel, de Natasha Neri e Gizele Martins;
- - Prêmio Especial do Júri: Cheiro de Diesel, de Natasha Neri e Gizele Martins;
- - Melhor Direção de Longa-Metragem de Ficção: Rogério Nunes, por Coração das Trevas;
- - Melhor Atriz: Klara Castanho, por #SalveRosa;
- - Melhor Ator: Gabriel Faryas, por Ato Noturno;
- - Melhor Direção de Documentário: Mini Kerti, por Dona Onete - Meu Coração Neste Pedacinho Aqui;
- - Melhor Atriz Coadjuvante: Diva Menner, por Ruas da Glória;
- - Melhor Ator Coadjuvante: Alejandro Claveaux, por Ruas da Glória;
- - Melhor Roteiro: Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, por Ato Noturno;
- - Melhor Fotografia: Luciana Baseggio, por Ato Noturno;
- - Melhor Direção de Arte: Claudia Andrade, por Pequenas Criaturas;
- - Melhor Montagem: André Finotti, por Honestino;
- - Melhor Som: Ariel Henrique e Tales Manfrinato, por Love Kills;
- - Melhor Trilha Sonora Original: Plínio Profeta, por Apolo;
- - Melhor Figurino: Renata Russo, por #SalveRosa;
- - Melhor Curta-Metragem (ex aequo): Sebastiana, de Pedro de Alencar, e O Faz-Tudo, de Fábio Leal.
NOVOS RUMOS
- - Melhor Longa-Metragem: Uma Em Mil, de Jonatas Rubert e Tiago Rubert;
- - Melhor Longa-Metragem: Voto Popular: A Herança de Narcisa, de Clarissa Appelt e Daniel Dias;
- - Melhor Direção: João Borges, por Espelho Cigano;
- - Melhor Atriz: Ana Flavia Cavalcante e Mawusi Tulani, por Criadas;
- - Melhor Ator: Márcio Vito, por Eu Não Te Ouço;
- - Menção Honrosa de Melhor Atriz: Docy Moreira, por Espelho Cigano;
- - Prêmio Especial do Júri: Nada a Fazer, de Ângela Leal e Leandra Leal;
- - Melhor Curta-Metragem: Ponto Cego, de Luciana Vieira e Marcel Beltrán;
- - Menção Honrosa de Curta-Metragem: Os Arcos Dourados de Olinda, de Douglas Henrique.
PRÊMIO FELIX
- - Melhor Filme Brasileiro: Ato Noturno, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher;
- - Melhor Filme Internacional: A Sapatona Galáctica (Lesbian Space Princess), de Leela Varghese e Emma Hough Hobb;
- - Melhor Documentário: Copacabana, 4 de Maio, de Allan Ribeiro;
- - Prêmio Especial do Júri: Me Ame Com Ternura (Love Me Tender), de Anna Cazenave Cambe.
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