27 Outubro 2025 | Redação
Documentário "Rejeito" terá sessão especial de estreia em São Paulo em 30 de outubro
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Em um momento em que aproximadamente 100 barragens em todo o Brasil seguem em risco de rompimento - segundo estudo do Projeto EduMiTE, da Universidade Federal de Minas Gerais -, o documentário Rejeito (Descoloniza Filmes), dirigido por Pedro de Filippis e produzido pela Enquadramento Produções, chega aos cinemas de todo o país no dia 30 de outubro de 2025, às vésperas da efeméride de dez anos do desastre de Mariana.
O documentário terá uma sessão especial de estreia em São Paulo no dia 30 de outubro, às 19h30, no Cinesystem Frei Caneca. A sessão contará com a presença do diretor, que participará de uma conversa com o público após a exibição. Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria ou pelo site do cinema.
Além das salas de cinemas do país, a proposta é que o filme tenha um lançamento de impacto social, com exibições em universidades, escolas, equipamentos culturais e eventos e conferências sobre questões sociais e do meio ambiente, com foco especial em comunidades que continuam sob risco de barragens em Minas Gerais.
Fruto de quatro anos de produção, ao se debruçar em situações nas comunidades assoladas por barragens, o filme constrói uma narrativa que joga luz sobre camadas históricas, com foco especial em Minas Gerais, estado marcado por sucessivos desastres e violações e que responde por aproximadamente 61% do minério de ferro bruto no Brasil, em torno de 320 milhões de toneladas.
O documentário acompanha personagens reais impactados diretamente pelo rompimento de barragens e mineração e pesquisadores, como a ambientalista Maria Tereza Corujo (Teca), registrando momentos emblemáticos, como a reocupação da comunidade de Socorro, removida após o rompimento de Brumadinho.
“Ao longo do processo, entendi que o tema central do filme é sobre território, sobre relação com o rio, com a terra, e não uma simples espetacularização dos desastres ambientais. O filme vai além da denúncia sobre Mariana e Brumadinho. Ele mostra que esse modelo de exploração continua ativo nos dias atuais, removendo pessoas, apagando histórias e destruindo modos de vida. O filme não se interessa pelo que está cercado pelas fitas de isolamento. Ele não busca imagens apelativas da destruição e corpos na lama. Observamos os bastidores e além, em busca do que está sendo rejeitado”, ressalta o diretor.
Ao longo de sua trajetória em mostras e festivais, Rejeito foi amplamente reconhecido, recebendo diversos prêmios internacionais. Entre os destaques estão os prêmios de Melhor Filme no FICMEC (Espanha), CineEco (Portugal), Festival Sarancine e Mostra Ecofalante; além da Menção Especial do Júri no Indie Memphis (EUA) e o Prêmio da Juventude no CineEco.
O realizador Pedro de Filippis também foi reconhecido com o prêmio de Melhor Direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental. O filme ainda conquistou o Prêmio do Júri Escolar no One World Romania (Romênia), consolidando sua força como obra crítica, sensível e urgente sobre os impactos socioambientais da mineração.
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