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04 Agosto 2016 | Vanessa Vieira

Governo russo planeja aumentar impostos sobre exibidores locais

Ação tem por objetivo arrecadar mais fundos para a produção cinematográfica do país

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Imagem meramente ilustrativa | Cinema Park em Moscou (Foto: A-a-ah)

O governo da Rússia divulgou no fim de julho os planos para aumentar impostos cobrados de exibidores locais, bem como de canais de televisão. A intenção é arrecadar mais fundos que serão investidos na produção russa de cinema e essa iniciativa faz parte de uma série de medidas do governo para a promoção e desenvolvimento dos filmes locais.

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Se aprovada, a novidade fará com que os cinemas revertam 3% de suas bilheterias para o fundo, que deve receber entre US$ 70 milhões e US$ 80 milhões adicionais com a nova taxa – representando um aumento de praticamente 100% no valor normalmente dedicado pelo governo à produção cinematográfica russa.

Essa não é a primeira vez que a ideia de aumentar impostos para os complexos de exibição vem à tona, sendo que essa ação já fora pautada em 2011, mas sem sucesso. Os operadores de cinema locais, no entanto, já apresentaram suas críticas tanto para a imprensa quanto para o próprio governo. Entre as redes contrárias ao novo imposto, está a Cinema Park, uma das maiores exibidoras do país, que sofre ainda com a escassez de salas de cinema.

Outra medida da Rússia para promover sua produção, mas dessa vez fora do território, foi uma parceria promovida entre o estúdio local Lenfilm e a agência russa de cooperação humanitária internacional Rossotrudnichestvo. O acordo prevê um trabalho em conjunto para divulgar o cinema russo no norte da Europa.

Particularidades do mercado

O setor cinematográfico da Rússia tem características únicas e algumas dessas particularidades impactam no mercado exibidor local como a prática, já comum, de lançar um único filme em 50% ou 60% das telas do país.

O costume impacta, por exemplo, na adesão às vendas antecipadas de ingresso, que não têm recebido muito interesse por parte dos espectadores, que podem comprar tíquetes para um longa sem dificuldade mesmo sendo uma estreia – afinal, ela estará em 60% das salas. Além disso, a pré-venda ainda é nova no território, mas não conquistou os consumidores locais por enquanto por questões como a falta de hábito do espectador se propagar com dias de antecedência para ir ao cinema, bem como o desconhecimento de serviços similares.

Um dos poucos filmes a ter uma venda antecipada mais relevante no país foi Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força, que arrecadou US$ 1,2 milhão com as pré-vendas.

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