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17 Março 2017 | Vanessa Vieira

Quase metade dos lançamentos mexicanos de 2016 foram pirateados

Apenas os filmes do ano passado foram alvo de mais de 8,5 milhões de downloads

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Cena de "No Manches Frida" (Foto: Pantelion Films)

O Instituto Mexicano de Cinematografía – Imcine divulgou estudo no qual aponta que 44% dos filmes locais lançados em 2016 estão disponíveis ilegalmente na web. Somente esses longas já geraram mais de 8,5 milhões de downloads.



Entre os mais pirateados estão No Manches Frida, que foi baixado mais de 2 milhões de vezes, e Km 31-2, que foi baixado 1,1 milhão de vezes. Quanto à disponibilidade, ¿Qué Culpa Tiene el Niño?, por exemplo, foi encontrado em 28 sites piratas e No Manches Frida em 20 websites. Vale lembrar que em 2016, o cinema mexicano conquistou sua maior bilheteria de todos os tempos

Segundo o Imcine, o problema é ainda pior quando se leva em conta um período maior de tempo. Os 238 lançamentos mexicanos que estrearam entre 2014 e 2016, por exemplo, foram alvo de download ilegal 34,6 milhões de vezes.

No documento, o Instituto indica que as janelas de lançamento dos filmes locais sejam reduzidas para ampliar o acesso legal ao conteúdo, incluindo por meio de serviços de VOD como o da Netflix. A companhia, inclusive, deteve 70% do mercado de vídeo sob demanda do México em 2016 como 4,4 milhões de usuários.

Além das 17 plataformas digitais disponíveis em 2016, a entidade também destacou a existência de quatro plataformas online públicas como possibilidade de meio para distribuição do longa.

No entanto, a pirataria não fica só na mídia online. Assim como a MPAA já havia identificado que a América Latina é um dos principais mercados para a pirataria offline, o reporte do Instituto confirma essa característica da região. Isso porque, dos filmes locais lançados em 2016, 40% estavam disponíveis para compra física ilegal por um preço baixo, que tem a tendência de reduzir cada vez mais, tornando a competição com o preço do ingresso do cinema mais desproporcional.

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