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13 Outubro 2017 | Fernanda Mendes

Dispositivos móveis e apps crescem no consumo digital e geram oportunidades de negócios

Estudo da comScore aponta que o Brasil está em terceiro lugar entre os países com o maior share do mobile no total de minutos digitais

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(Foto: Malwarebytes Labs)

Após a popularização da internet no começo dos anos 2000, muita coisa mudou no mundo digital. Os tão almejados computadores agora estão sendo deixados cada vez mais de lado para dar lugar às plataformas mobiles como smartphones e tablets.

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O estudo “Mobile & Maslow: Como o mobile supre as necessidades dos consumidores no digital?” publicado pela comScore, empresa de pesquisa de mercado, mostra que a priorização do mobile não é mais exclusivo dos negócios e consumidores de tecnologia, mas sim um padrão de um número crescente de usuários da internet. A pesquisa analisou os dados de nove regiões do mundo, sendo elas Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Espanha, Itália, Brasil, México, China e Indonésia, concluindo que os usuários das plataformas móveis possuem uma ordem hierárquica de necessidades digitais, que motivam o consumo no mobile.

O Brasil fica em terceiro lugar dentre os países com o maior share do mobile no total de minutos digitais, com 72%. Na primeira posição está a Indonésia com 91%, seguido do México com 75%.

Para as ferramentas de vendas online ou de serviços de streaming, por exemplo, estes dados criam um alerta de investimento cada vez mais forte nesta área. No entanto, um dos hábitos aos quais o mobile está mudando é a hora livre de lazer. O estudo mostra que os consumidores estão cada vez mais dispostos a se renderem totalmente aos dispositivos móveis e abandonar algumas necessidades. Por exemplo, 55% dos entrevistados responderam que deixariam de comer fora por 12 meses. Ainda, 45% desistiram de um dia de folga por semana ou então adiariam as férias. Outro dado chocante é que três dentre dez pessoas parariam de encontrar os amigos pessoalmente.

Aplicativos

Como os consumidores dependem dos dispositivos móveis em diversos aspectos do cotidiano, como para pedir comida ou até mesmo para encontrar um parceiro, a experiência customizável com os aplicativos levou à dominância deles no consumo mobile. Estamos oficialmente na “era do app”.

O share do total de minutos no mobile entre os cinco principais apps de troca de mensagens (Facebook Messenger, WhatsApp, Line, WeChat, QQ messenger) disparou, principalmente na Europa continental, América Latina e Ásia. No Brasil, por exemplo, 14,6% dos minutos no mobile vem dos apps de troca de mensagens, sendo 1% dedicado ao Facebook Messenger, e quase 14% ao Whatsapp. Nos EUA, a realidade é diferente: de 1,4% dos minutos que vem dos apps de mensagens, quase 1% é do chat do Facebook.

A acessibilidade dos dispositivos móveis, combinada com a facilidade do uso dos apps, é uma combinação que se encaixa muito bem na vida dos consumidores. Já existem até ferramentas para a venda de ingressos de cinema no Facebook Messenger, por exemplo, como foi o caso de Planeta dos Macacos: A Guerra, que teve lançamento em agosto. Há um ano atrás, em setembro de 2016, a plataforma de venda de ingressos online Fandango junto com o Facebook lançou nos EUA uma parceria para que os espectadores comprassem ingressos a partir do aplicativo da rede social, podendo adquirir os ingressos no botão de compras localizado na página oficial do filme, sem nem um redirecionamento para o site da Fandango. Em 2013 a Cinesystem, exibidora brasileira, também lançou uma comodidade parecida, com um aplicativo dentro do Facebook para a venda dos ingressos da rede.

As mídias sociais sempre foram vistas como uma categoria importante do mobile e os números globais confirmam isso, representando entre 20-40% de todos os minutos gastos nos dispositivos móveis. Esse crescimento da audiência é perfeito para criar oportunidades de parcerias e soluções criativas, por exemplo.

M-Commerce

No entanto, os varejistas do mobile não capitalizaram totalmente o tempo do consumidor vindo do mobile, havendo uma lacuna de 49% entre o share de minutos e o gasto em dólares, por exemplo. No mobile, de 69% do tempo gasto em sites de varejo, são efetivadas apenas 20% das compras. Já no desktop de 31% do tempo gasto, são efetuadas 80% das compras.

Quatro dos cinco principais motivos citados pelos consumidores envolvem dificuldades básicas de uso nos dispositivos móveis. 20,2% das entrevistas alegaram preocupação com segurança; 19,6% disseram que não conseguem ver os detalhes do produto; 19,3% indicaram navegação difícil; 19,6% não conseguem navegar em múltiplas telas e comparar; e 18,6% afirmaram que é muito difícil inserir os detalhes para efetuar a compra.

Assim, o estudo conclui que os usuários de mobile buscam funcionalidade via aplicativos, até mesmo em categorias de alto valor como bancos, viagens, etc. O desafio continua sendo criar confiança e uma experiência perfeita para o usuário. “A tendência da comunicação via apps de mensagens instantâneas e chamadas de vídeo, pode gerar novas oportunidades de serviço e atendimento ao cliente”.

Para ver o estudo completo clique aqui.

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