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16 Outubro 2017 | Roberto Cunha, do Rio de Janeiro

Michel Hazanavicius veio ao Brasil apresentar "O Formidável"

Diretor ganhador do Oscar prestigiou o público em sessão com perguntas e respostas

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(Foto: Festival do Rio 2017)

Diretor de O Artista (2011), ganhador de cinco Oscar, Michel Hazanavicius esteve no Festival do Rio para divulgar O Formidável (2017). Ele marcou presença na sessão de quinta-feira (12), no Odeon, e também na sexta-feira, 13, no Reserva Cultural Niterói, além de uma passagem por São Paulo (SP), no sábado, 14, no Reserva Cultural da Av. Paulista.

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A passagem pela unidade carioca do Reserva Cultural foi inesquecível para muitos cinéfilos porque, afinal, não é todo dia que um ganhador de Oscar está presente para responder o público sem qualquer tipo de estrelismo. Segundo o distribuidor Jean Thomas Bernadini (Imovision), ele adorou as perguntas. "Eu acabei dando uma de tradutor", contou ele, rindo. O empresário revelou que a vinda do cineasta foi um esforço conjunto e não foi complicado. Ele havia conversado durante o Festival de Cannes e a entrada do Festival do Rio no processo foi fundamental.

Baseado na autobiografia de Anne Wiazemsky (1947 - 2017), Le Redoutable (título original) é um romance divertido e revela um período turbulento e decisivo da vida do emblemático cineasta Jean Luc Godard, com quem ela foi casada.

Entrevista

A Exibidor teve uma conversa exclusiva com o simpático Hazanavicius e questionou a real motivação dele fazer o filme, que envolve uma personalidade cultuada do cinema mundial, e se havia sido fácil convencer a escritora a vender os direitos. "A vontade de fazer veio quando li o livro. Eu, realmente, não pensava em fazer um filme sobre Jean Luc Godard. Achei o conteúdo tocante, original, tinha uma forma livre de narração, tinha um distanciamento e era muito engraçado. Foi a combinação de três coisas: a comédia, o formato e a história de amor. E Anne não queria vender os direitos. Quando entendeu que eu queria fazer uma comédia, ela disse sim", revelou sorrindo.

Questionado se teve liberdade para mudar alguma coisa ou criar algo novo, o cineasta contou algo surpreendente: "Quando nos encontramos ela me disse, faça o que você quiser, escreva seu roteiro e quando terminar seu filme, você me avisa. Se eu gostar, coloco meu nome nele. Caso contrário, temos que encontrar outra solução". E quando perguntamos como foi a reação dela, falou que Anne viu o filme finalizado quatro vezes. "Ela ficou muito impressionada, realmente reconheceu Godard e me fez o melhor elogio: disse que eu tinha conseguido fazer uma comédia de uma tragédia, que era a minha intenção".

Esta não foi a primeira vez que Hazanavicius veio ao Rio de Janeiro, seu filme de 2009 (Agente 117: Rio Não Responde Mais) foi rodado na cidade maravilhosa e ele foi incisivo (atenção roteiristas!) sobre repetir a experiência: "Só preciso de um bom roteiro para filmar aqui", afirmou com um largo sorriso no rosto.

 

Marketing

O executivo da Imovision revelou que a visita foi totalmente focada na divulgação. Sobre os planos de lançamento, previsto para o próximo dia 26, Bernardini informou que pretende ampliar o número de salas, buscando o circuito comercial por acreditar no potencial do filme para todos espectadores.

Hazanavicius, que apresenta agora essa comédia dramática sobre um dos ícones da Nouvelle Vague, também parece concordar com o executivo e foi taxativo quanto a eventuais críticas negativas: "Eu realmente não trabalho para críticos. Trabalho com filmes populares, feitos para o público mesmo. Quando eles assistem, gostam. São meus "melhores amigos". Faço filme para as pessoas", concluiu o cineasta.

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