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23 Abril 2018 | Vanessa Vieira, de Las Vegas

ANCINE apresenta Brasil como mercado em ascensão e abre diálogo para investidores

Diretor-presidente da agência declarou que a ideia neste ano é de levar o País para o Top 10 do setor de cinema no mundo

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(Foto: Portal Exibidor)

O crescimento constante do mercado brasileiro de cinema foi tema central da palestra de Christian de Castro, diretor-presidente da ANCINE, na CinemaCon 2018. O evento, realizado em Las Vegas até quinta-feira (26), teve, assim, a primeira apresentação oficial da agência segundo o executivo.

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Por isso, de Castro aproveitou para contar mais sobre a entidade aos participantes, explicando os motivos de sua criação em 2001 e, principalmente, apontando os resultados de suas atividades. Um ponto focal desses resultados é o aumento gradual do parque exibidor nacional, que teve uma crise nos anos 1990, mas que em 1970 tinha mais de 3 mil salas – número que foi novamente conquistado entre 2016 e 2017.

O executivo atribuiu a expansão do circuito brasileiro às políticas promovidas pela ANCINE, em especial o RECINE. Ele ainda afirmou que falta muito trabalho a ser feito já que apenas 7% a 10% das cidades do País têm cinemas. De Castro valorizou também que, além de grandes players internacionais como Cinemark e Cinépolis, o território conta com exibidores independentes brasileiros que formam uma grande parte do segmento.

Mas se o parque exibidor foi um dos focos principais da palestra, os números da bilheteria nacional também ganharam destaque – especialmente por manterem um crescimento orgânico e sólido de acordo com de Castro. Ele apresentou o aumento de 12% que a bilheteria brasileira teve em 2017, chegando a R$ 2,59 bilhões.

Graças a esses resultados, o Brasil é o 11º mercado do mundo, contando com os Estados Unidos. “Queremos ajudar o País a entrar no Top 10 e depois se aproximar dos cinco primeiros”, disse o executivo. Para isso, Christian apontou três estratégias principais: promover conexões entre as diferentes áreas do setor (produção, distribuição e exibição); combinar diferentes políticas de investimento (direto e indireto) e por meio de regulação do segmento como as cotas; convergir interesses econômicos, políticos e sociais no meio audiovisual. “Nós do Brasil temos duas missões-chave: exportar produções nacionais e atrair investidores”.

O diretor-presidente destacou as reformulações da entidade como parte dessa perspectiva do mercado nacional, com ações como a reestruturação do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA, o investimento ampliado ainda no primeiro trimestre de até R$ 1 bilhão a ser investido no setor até o fim de 2018, a busca por desburocratizar a agência, o combate à pirataria, o investimento em distribuição, o contínuo suporte à expansão do parque exibidor e o incentivo à entrada de investidores (especialmente privados).

 Confira a cobertura completa do primeiro dia

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