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03 Janeiro 2019 | Roberto Sadovski

Uruguai tenta reacender sua indústria cinematográfica

Novo Fundo Audiovisual Uruguaio promete apoiar produções estrangeiras rodadas no país e incentivar o cinema local

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(Foto: Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock)

O Uruguai é um país de contradições. Mesmo com uma população pequena, com 3,4 milhões de habitantes, o país respira fundo ao defender sua produção cinematográfica. O Fundo Audiovisual Uruguaio foi anunciado semana passada em Montevideo, ao mesmo tempo em que o diretor Matías Ganz via seu filme ganhar o Le Film Français, um dos prêmios principais do Primer Corte no festival Ventana Sur, voltado para promover filmes que se encontram em pós-produção.



Embora conte com realizadores de primeira linha, inclusive Fede Alvarez, que atua em Hollywood, o fundo surge como uma ferramenta para anabolizar e valorizar o cinema em suas fronteiras. Para isso, o primeiro passo é atrair mais produções internacionais, que podem ganhar descontos e incentivos de até 25 por cento de tudo que for gasto no país – o que abraça qualquer produção audiovisual, exceto por comerciais. Basta a produção gastar acima de US$ 1 milhão no Uruguai, com um teto de US$ 400 mil por filme, o que complementa um mecanismo que alivia em 22 por cento o valor para o imposto de serviços locais.

Já as produções locais vão encontrar novos incentivos que complementam o apoio já existente, com subvenções extra somadas a projetos nacionais – com o valor estipulado caso a caso, além da mesma isenção de 22 por cento para produções estrangeiras. As novas medidas entram em vigor em março para um período de teste de dezoito meses, com o financiamento para as produções ainda em estudo. O novo cenário é visto com otimismo para os produtores nativos. “As medidas são um ponto de partida para atrair projetos e produtores, que se sentirão protegidos por uma política que pode gerar grandes projetos e consolidar uma indústria emergente”, disse Ignacio Cucucovich, produtor e co-roteirista de No Dormirás (Ainda sem distribuidora confirmada). “Agora está em nossas mãos, os produtores uruguaios, a missão de transformar a medida em uma experiência positiva para nosso país.”

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