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02 Abril 2019 | Juliane Albuquerque e Thais Lemos, de Las Vegas

Painel da CinemaCon debate a importância da diversidade

Filmes culturalmente diversos podem ser estratégia para atrair público

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(Foto: Portal Exibidor)

Seguindo a tendência mundial de repensar a presença da diversidade cultural na indústria do cinema, o segundo dia da CinemaCon 2019 começou com um interessante debate sobre a relação do mercado de cinema e os filmes de conteúdo diversificado. Para participar do painel, foram convidados Nikkole Denson-Randolph, VP da Content Strategy and Inclusive, Moctesuma Esparza, da Maya Cinemas, Glenn Morten da myCinema e Niyati Nargarsheth, da Eros International USA, com mediação de Rolando Rodriguez, da Marcus Theatres.

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O mercado cinematográfico tem observado uma transformação de conteúdo, muito impulsionada pelos interesses e necessidades do público que a cada dia busca se sentir mais representado nas telas de cinema. Mas os circuitos de exibição – grandes e pequenos – estão preparados e investindo para também “abraçar” a diversidade no cinema? É possível ver esta mudança como uma possibilidade de crescimento de público. Afinal um número maior de pessoas pode se interessar por filmes de conteúdos diferentes?

 

Nas salas de cinema

Para falar sobre estas questões, os convidados contaram um pouco de suas experiências no setor. Moctesuma destacou que os Estados Unidos é um país de imigrantes de todos os lugares do mundo, sendo que o público latino sempre esteve presente e quer se sentir representado nas telas. “Como exibidor, nós temos que saber o que nossos clientes querem ver. Acredito que para competir com o streaming temos que criar e exibir filmes com maior diversidade de raça, gênero e cultura”, afirma. Com a Maya Cinemas, por exemplo, Moctesuma busca abrir um leque maior de público exibindo algumas sessões legendadas em espanhol, atraindo o público latino.

 

Nikkole reforçou este ponto: “Temos que celebrar a beleza única desta mistura que temos. Estamos querendo nos ver nos cinemas, compartilhar nossas experiências, histórias e cultura”. Niyati conta que quando começou na área, os exibidores não queriam exibir filmes indianos, que foi um processo longo de conquista de espaço. Rolando destacou que o interesse do público por uma maior representação tem sido visto inclusive em filmes grandes. “O interesse vem crescendo. Por exemplo, observamos o sucesso de Pantera Negra, onde grande parcela da população mundial conseguiu se ver representada em um filme de super herói”, disse o mediador.

Glenn Morten acredita que o mercado como um todo, inclusive os exibidores, deve observar a base da população para pensar em uma estratégia de crescimento de público, investindo em diversidade. “Observando a base da comunidade, temos potencial enorme. Eu vejo como cultura raça, religião, orientação sexual... Tudo. Desde os estúdios independentes aos grandes, devemos abraçar a amplitude de interesses e de público”.

Confira a cobertura completa do segundo dia da CinemaCon 2019

 

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