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27 Maio 2019 | Thaís Lemos

Brasil se destaca em Festival de Cannes

"Bacurau" ganhou um dos prêmios mais importantes do evento

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(Foto: Reuters)

O Festival de Cannes aconteceu entre 14 e 25 de maio na França, reunindo estreia de grandes nomes, como Pedro Almodóvar e Quentin Tarantino. No entanto, os ganhadores dos principais prêmios representaram diversidade.

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O Brasil ganhou o Prêmio do Júri, um dos principais, com Bacurau (Vitrine). O longa teve uma boa repercussão pela crítica internacional em seu lançamento no dia 15 de maio no festival. Em entrevista ao Estadão, Kleber Mendonça Filho, diretor do filme ao lado de Juliano Dornelles afirmou que a vitória traz respeito internacional. “Uma repercussão em todo o mundo. Fomos vistos”, completou.

O longa ganhou destaque no portal norte-americano Indie Wire, para que os distribuidores da região se atentem para a compra de Bacurau, que é “uma conquista cinematográfica visionária”. O prêmio de Bacurau foi dividido com o francês Les Miserables de Ladj Ly.

Quem levou a melhor na principal categoria, a Palma de Ouro, foi o diretor Bong Jooh-ho, com Parasite (ainda sem nome e distribuidora confirmados no Brasil), se consagrando como o primeiro sul-coreano a conquistar a Palma de Ouro na história do evento. Agora, o filme é uma forte aposta para outros festivais.

Outra surpresa foi o Grand Prix, dado a Mati Diop por Atlantiques (ainda sem nome e distribuidora confirmados no Brasil). Diop ganhou destaque por ser a primeira mulher negra na competição dos principais festivais em Cannes.

Já na mostra Um Certo Olhar, outro brasileiro levou o prêmio por A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (RT Features).  Ao subir ao palco para agradecer, o diretor Karim Aïnouz, diretor disse que o Brasil está passando por um momento de intolerância muito forte, e dedicou o prêmio a vivacidade do cinema brasileiro. Segundo a Variety, o filme é considerado um forte candidato a indicação para o Oscar para representar o Brasil.

Outra produção da RT Features, do brasileiro Rodrigo Teixeira, foi escolhida pela Federação Internacional de Críticos de Cinema como o melhor filme da Quinzena dos Realizadores. Em nota oficial, Rodrigo agradeceu as empresas participantes pela realização de The Lighthouse (ainda sem nome e distribuidora confirmados no Brasil), dirigido pelo norte-americano Robert Eggers. “Foi um processo incrível, algo que nunca havia vivenciado”, disse o produtor.

Além das novidades dos filmes, essa edição do Cannes Market, que acontece dentro do Festival de Cannes, registrou recorde no número de participantes. Com 12.527 de público, o evento voltado à negócios no mercado de cinema contou com 2.758 filmes a venda, incluindo 332 documentários.

Demais prêmios

Jean-Pierre e Luc Dardene ganharam como Melhor Diretor por Le Jeune Ahmed, que será distribuído pela Imovision no Brasil. Antonio Banderas foi escolhido o Melhor Ator pela sua participação em Dor e Glória (Universal). Dirigido por Pedro Almodóvar, o filme estreia no Brasil em junho.

Emily Beecham ganhou como Melhor Atriz, por Little Joe (ainda sem nome e distribuidora confirmados no Brasil), dirigido por Jessica Hausner. O Melhor Roteiro foi para Portait de la Jeune Fille em Feu, de Céline Sciamma e a Menção Especial foi para It Must Be Heaven, de Elia Suleman.

Da América Latina, a diretora Agustina San Martín conquistou a Menção Especial do Juri pelo curta-metragem Monstruo Dios.

Confira a lista dos vencedores:

Palma de Ouro: Parasite (Bong Joon-ho)

Grand Prix: Atlantiques (Mati Diop)

Prêmio do Juri: Les Misérables (Ladj Ly) e Bacurau (Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles)

Melhor Ator: Antonio Banderas, Dor e Glória (Pedro Almodóvar)

Melhor Atriz: Emily Beecham, Little Joe (Jessica Hausner)

Melhor Diretor: Jean-Pierre e Luc Dardenne, The Young Ahmed

Melhor Roteiro: Portait de la Jeune Fille em Feu (Céline Sciamma)

Menção Especial do Júri: It Must Be Heaven (Elia Suleiman)

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